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A presença de Deus junto dos que sofrem
É comum, nos momentos difíceis de nossa vida, como na doença, no luto, na crise, nos vermos sozinhos. Por vezes, essa solidão nos é tão pesada, que chegamos a questionar se Deus se esqueceu de nós. E em muitos casos, é realmente essa a pergunta que quem sofre ou quem vê sofrer se faz: onde está Deus?
![Dia mundial do doente: Um questionamento sobre a presença de Deus junto dos que sofrem](https://img.cancaonova.com/cnimages/canais/uploads/sites/6/2025/02/formacao_1920x1080_-1465572914-600x338.jpg)
Crédito: lovelyday12
Sempre diante dessa pergunta, eu me volto ao texto de Mateus 27,46 – “meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?” – ou ainda do que escrevera o psicólogo Victor Frankl em seu livro “Em busca de sentido” – “Em meio à dor e à miséria, eu encontrei Deus”. Tomado ainda por essa provocação da impressão do abandono de Deus diante do sofrimento humano, temos o que disse o Papa Bento XVI em sua visita ao campo de concentração de Auschwitz – Birkenau, em 28 de maio de 2006: “Quantas perguntas surgem neste lugar! Sobressai sempre de novo a pergunta: Onde estava Deus naqueles dias? Por que Ele silenciou? Como pôde tolerar esse excesso de destruição, esse triunfo do mal?”. As grandes perguntas sempre se demoraram a encontrar suas respostas, e, mesmo quando se chegava a uma compreensão, um problema, uma dificuldade, colocava aquele questionamento novamente no centro.
No limite da criação: fé e esperança diante do inevitável
Vemos, assim, que o homem tem um limite. Quem nos ajuda a entender este limite é o Catecismo da Igreja Católica, que nos diz no parágrafo 396: “O homem depende do Criador, está submetido às leis da criação e às normas morais que regem o uso da liberdade”. Faço um recorte aqui nas palavras “submetido às leis da criação”, o homem não pode tudo. A lei natural [o próprio existir] lhe impõe este limite. Não tenho como pretensão fazer uma análise teológica e/ou doutrinal, mas sim levar você a um questionamento: diante deste limite, como fazemos?
O dicionário nos traz a definição de limite, compreendendo-o como uma linha que separa duas extensões. O limite é um lugar de fronteira. Curiosamente, os lugares de fronteira são sempre marcados por tensões ou conflitos [haja vista o que temos assistido nos telejornais sobre as políticas de migração e imigração]. Ou seja, o limite é também um lugar que causa dor, e aqui está o sentido etimológico da palavra doente, do latim, dolens – que se aflige. Não é fácil estar neste limite, lugar de dor. Voltamo-nos para a pergunta feita no parágrafo anterior e encontramos a resposta na mensagem escrita pelo Papa Francisco para o 33º Dia Mundial do Doente.
Como pessoas de fé, no limite [bem como na doença, na solidão] nunca estamos sozinhos, sempre há a presença de Deus que nos acompanha. E você pode me perguntar: como, se não o vejo, tampouco sinto? Papa Francisco nos revela três aspectos que caracterizam a presença de Deus mesmo em momentos difíceis. São eles: O ENCONTRO – “experimentamos a proximidade e a compaixão de Deus, que em Jesus participou do nosso sofrimento”, escreve o Papa para expressar que o momento limite de nossa vida nos conduz a este encontro com o amor de Deus por nós que não nos abandona, é um apelo a vivermos aquilo que é próprio de todo bom encontro, a identificação. Na dor de Jesus vermos a nossa dor; é encontro com o amor divino, mas também conosco mesmo, é processo de aceitação de si e de compreensão de nossas feridas.
A dor não limita, esperança e partilha como caminho de superação
O DOM. Para o Papa Francisco, o dom recebido quando estamos doentes é a Esperança. E faz muito sentido, ao revisitarmos a Encíclica “Spes Salvi”, de Bento XVII, porque se o primeiro aspecto da presença de Deus, ao Papa Francisco, é o encontro, que passa também por um conhecer ou reconhecer a Deus neste momento de dor, para o Papa Bento XVI: “Chegar a conhecer Deus, o verdadeiro Deus: isto significa receber esperança”. Dessa forma, o momento de doença não se apresenta como um momento inútil da vida, tampouco como um momento de total inatividade, ao contrário, é a vida ainda a caminho. Um caminho que não se faz só, faz-se com Deus, mas também faz-se com os irmãos [ãs], e disso surge o último aspecto da presença de Deus para o Papa: A PARTILHA, ressalta Francisco: “apercebemo-nos de que todos juntos somos “anjos” de esperança, mensageiros de Deus, uns para os outros: doentes, médicos, enfermeiros, familiares, amigos, sacerdotes, religiosos e religiosas”.
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A dor, embora nos coloque diante de nossos limites, não nos limita. Essa frase pode ser o conteúdo de um outro texto, mas me limito a dizer que, neste 33º Dia Mundial do Doente, Papa Francisco nos leva a compreender que, mesmo diante da impressão de que Deus não está presente nos momentos difíceis de nossa vida, é possível reconhecê-lo quando nos permitirmos e nos abrirmos para encontrá-lo, receber d’Ele a Esperança e com Ele partilhar o caminho.
Padre Robson Caramano
Mestre em linguagens, mídia e arte pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, mestrando em Filosofia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
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