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A Walt Disney superou com folga as expectativas de lucros de Wall Street nesta quarta-feira (7), impulsionada por resultados recordes em seus parques temáticos e esforços contínuos de corte de custos, mesmo com a receita ficando aquém das estimativas dos analistas.
O conselho de administração da Disney também autorizou um programa de recompra de ações de US$ 3 bilhões para o ano fiscal atual e declarou um dividendo de US$ 0,45 por ação, a ser pago em 25 de julho aos acionistas registrados em 8 de julho. Isso representa um aumento de 50% em relação ao dividendo pago em janeiro.
A empresa registrou lucro de US$ 1,22 por ação, excluindo determinados itens, acima da previsão de consenso dos analistas de US$ 0,99 por ação para o período de outubro a dezembro.
A receita trimestral foi comparável à de um ano atrás, de US$ 23,5 bilhões, mas ficou aquém das projeções de US$ 23,6 bilhões.
A Disney disse que cortou US$ 500 milhões em custos em todos as suas unidades durante o trimestre e que seguia no caminho para atingir ou exceder US$ 7,5 bilhões em economias até o final do atual ano fiscal.
“Há apenas um ano, delineamos um plano ambicioso para devolver a Walt Disney Company a um período de crescimento sustentado e criação de valor para os acionistas”, disse o presidente-executivo da Disney, Bob Iger, em um comunicado. “Nosso forte desempenho no último trimestre demonstra que viramos a página e entramos em uma nova era de crescimento para nossa empresa.”
A unidade Experiences da empresa, que inclui seus parques temáticos e produtos de consumo, registrou recorde de receita, lucro operacional e margens operacionais.
A Disney reafirmou o guidance de que sua unidade de streaming alcançará lucratividade até setembro. Ela reduziu as perdas operacionais de streaming para US$ 138 milhões no trimestre, uma melhoria significativa em relação ao ano anterior, quando o prejuízo foi de quase US$ 1 bilhão.
O serviço de streaming Disney+ perdeu 1,3 milhão de assinantes, quase o dobro da perda de 700 mil que os analistas previam, após um aumento de preço em outubro.
A empresa previu que ganharia de 5,5 milhões a 6 milhões de assinantes do Disney+ em seu segundo trimestre, com um impulso positivo na receita por usuário.
O negócio de streaming da unidade de Entretenimento, que também inclui o Hulu e o Disney+ Hotstar na Índia, registrou uma receita de US$ 5,5 bilhões, um pouco acima das previsões, e uma melhora de 15% em relação ao ano anterior.
A receita geral do segmento de entretenimento, que engloba os negócios tradicionais de TV, streaming e filmes da Disney, caiu 7% em relação ao ano anterior, para US$ 9,98 bilhões.
Os resultados foram prejudicados pela redução da receita de anúncios na ABC e pelas menores taxas decorrentes da perda contínua de assinantes de TV a cabo, parcialmente compensadas pela redução dos custos de programação associados às greves de Hollywood. O fraco desempenho de bilheteria de “As Marvels” e “Wish – O Poder dos Desejos”, em comparação com os fortes resultados de um ano atrás de “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” e “Avatar: A Forma da Água”, levou as vendas de conteúdo e licenciamento a um prejuízo.
A divisão de esportes da Disney, que inclui a ESPN, o serviço de streaming ESPN+ e a Star in India, registrou uma receita de US$ 4,8 bilhões, um ganho de 4% em relação ao ano anterior, mas um prejuízo operacional de US$ 103 milhões, atribuível a uma perda cada vez maior na Star in India.
Os resultados dos parques temáticos foram impulsionados pela abertura da atração World of Frozen na Disneylândia de Hong Kong e Zootopia no Disney Resort de Xangai. A maior frequência nesses parques ajudou a compensar a queda no Walt Disney World em Orlando, Flórida. A unidade registrou receita de US$ 9,1 bilhões e lucro operacional de US$ 3,1 bilhões.
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