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Os rins são órgãos essenciais para o funcionamento pleno do corpo humano, sendo os responsáveis por filtrarem o sangue e auxiliarem na eliminação de toxinas do organismo. Mas quando não estão trabalhando corretamente, muitas vezes é necessário entrar com uma terapia renal substitutiva que exerça a função de remover os resíduos e excesso de líquidos do corpo: a diálise[1].
Para trazer um panorama da situação da diálise no Brasil, em 2022, o país tinha mais de 150 mil pacientes em uso da terapia, de acordo com o Censo de Diálise da Sociedade Brasileira de Nefrologia daquele ano, isto é, 5 a cada 100 mil habitantes realizava algum tratamento da modalidade[2]. Segundo o Ministério da Saúde, os custos da diálise para os sistemas de saúde atualmente estão avaliados em cerca de R$ 401 milhões[3].
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Em adição a esse cenário, de acordo com o estudo Impact CKD, prevê-se que, até 2032, o Brasil terá em média 12% de pacientes com DRC em todos os estágios, sendo 12,7 milhões em níveis avançados (3-5), o que representa um aumento de 170% de pacientes em diálise, podendo levar a um cenário no qual as terapias renais substitutivas representem um impacto econômico de aproximadamente R$ 17 bilhões[4].
Já em relação à quantidade de centros de diálise disponíveis no país, o Censo aponta que do total de 872 unidades, a região Nordeste e Norte apresentam números menores, sendo apenas 3,1 e 3,3 centros por milhão de habitantes, em comparação com as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Mas, apesar de dispor de menos unidades, o Nordeste é a região que concentra a maior porcentagem do tratamento custeado pelo SUS, com o total de 88%.
As razões para que alguém precise de diálise são variadas. Entre elas está a insuficiência renal, que ocorre quando o órgão perde a capacidade de filtrar o sangue adequadamente. Essa condição pode ser aguda (Injúria renal aguda – IRA), que ocorre de forma rápida e súbita, e crônica (DRC), que evolui de modo lento, progressivo e irreversível[5]. Ambos os quadros também são indicativos do tratamento de diálise, que por sua vez pode ajudar a melhorar a qualidade de vida dos pacientes e, em alguns casos, garantir sua sobrevivência.
Além das disfunções mencionadas, uma série de complicações podem surgir em decorrência da DRC, como a hiperpotassemia, um achado frequente em pacientes de níveis avançados[6], representado pela elevação do nível de potássio no sangue. Esse quadro está associado principalmente à diminuição da sua excreção renal, assim como ao uso de medicações para retardar a progressão da DRC ou para controlar doenças associadas, já mencionadas anteriormente.
Dados apontam que cerca de 50% dos pacientes com DRC apresentam hiperpotassemia, quando comparado à 2-3% da população geral. Pessoas com diabete mellitus e insuficiência cardíaca também possuem risco de desenvolver esse desequilíbrio5.
Vale ressaltar que a hiperpotassemia também confere risco ao paciente, podendo desencadear episódios de arritmia cardíaca e, em casos extremos, até mesmo resultar em morte súbita. Portanto, o manejo clínico adequado e controle dos níveis de potássio são essenciais para a saúde e bem-estar do mesmo[7].
A importância do diagnóstico precoce
Segundo o Ministério da Saúde, uma pessoa pode perder até 90% das funções renais, antes de apresentar qualquer sintoma. Ou seja, é possível estar sentindo-se bem, enquanto a função renal diminui drasticamente[8]. Em complemento a esse dado, segundo o estudo REVEAL-CKD, há uma lacuna importante no diagnóstico da DRC no Brasil, mostrando que há um percentual bem expressivo de subdiagnóstico de 97% em pacientes estágio 3 de DRC[9].
Sabendo disso, uma investigação de possíveis disfunções renais para grupos que possuem a propensão de acarretar problemas no órgão como hipertensos, pessoas em sobrepeso, com histórico de diabetes, doença cardíaca, idosos e fumantes faz-se mandatória[10]. Na lista de exames, o de creatinina, acompanhado dos de proteína na urina, são ferramentas fundamentais para uma avaliação mais completa da saúde renal[11].
Além de prevenir a piora do quadro renal, trabalhar com um protocolo de rastreamento da DRC, em especial em populações de alto risco, como diabéticos e hipertensos, pode mudar o cenário da doença no Brasil. Isso porque, com um diagnóstico precoce e contenção do avanço da condição, os impactos socioeconômicos e ambientais podem ser diminuídos, evitando assim a necessidade de diálise e de um possível transplante de rins – o que reflete diretamente na sustentabilidade dos sistemas de saúde, permitindo que recursos que seriam aplicados no tratamento da doença renal sejam revertidos para outras complexas demandas do setor.
Um recente ganho para a sociedade nesse sentido foi a aprovação na Câmara dos Deputados do PL 4590/2020[12], que define a criação de uma política de atenção integral à saúde de pessoas com doença renal. O objetivo da proposta é assegurar que pacientes de DRC tenham mais qualidade de vida e acesso facilitado aos serviços de saúde como às diferentes modalidades de terapia renal, a medicamentos, o possível desenvolvimento de projetos estratégicos para a novas incorporações tecnológicas de tratamento, entre outros tópicos. Agora, o projeto segue para debate no Senado.
Mas, para que iniciativas como essas se estabeleçam, é necessário que haja também mais conhecimento em torno do tema. Cerca de 10% da população mundial enfrenta algum tipo de disfunção renal, e dados sugerem que esse número chegue a 17% na próxima década.
Campanhas de conscientização e educação da população sobre fatores de risco como diabetes e hipertensão, além da capacitação de profissionais da saúde para realização de diagnósticos mais precisos são fundamentais para a diminuição de casos e a melhora do quadro de doenças renais no Brasil.
[1] Doenças Renais Crônicas (DRC). Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/drc. Acesso em outubro/ 2024.
[2] NERBASS, F. B. et al. Censo Brasileiro de Diálise 2022. Brazilian Journal of Nephrology, 8 dez. 2023.
[3] Ministério da Saúde reajusta valores para tratamento de hemodiálise. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2021/dezembro/ministerio-da-saude-reajusta-valores-para-tratamento-de-hemodialise. Acesso em outubro/ 2024.
[4] Rao N, et al. Multidimensional Burden of Chronic Kidney Disease in Eight Countries: Insights from the IMPACT CKD Study. Presented at: WCN 2024, 13-16 April 2024, Buenos Aires, Argentina. Kidney International Reports (2024) 9, S1–S662.
[5] Insuficiência renal crônica | Biblioteca Virtual em Saúde MS. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/insuficiencia-renal-cronica/#:~:text=Insufici%C3%AAncia%20renal%20%C3%A9%20a%20condi%C3%A7%C3%A3o. Acesso em outubro/ 2024.
[6] Palmer BF, Clegg DJ. Diagnosis and treatment of hyperkalemia. Cleve Clin J Med. 2017;84(12):934-942. doi:10.3949/ccjm.84a.17056.
[7] Review Article • Rev. Assoc. Med. Bras. 66 (Suppl 1) • 2020 • https://doi.org/10.1590/1806-9282.66.S1.31
[8] OMS. “Vivendo bem com doenças renais”: 11/3 – Dia Mundial do Rim | Biblioteca Virtual em Saúde MS. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/vivendo-bem-com-doencas-renais-11-3-dia-mundial-do-rim/#:~:text=Uma%20pessoa%20pode%20perder%20at%C3%A9. Acesso em outubro/ 2024.
[9] Pecoits-Filho R, Ribeiro de Castro MC, Cebrian A, et al. Reveal-CKD: Prevalence of undiagnosed stage 3 chronic kidney disease in Spain, Australia, Canada and Brazil [poster]. Presented at: 60th European Renal Association (ERA) Congress; June 15-18, 2023; Milan, Italy. Nephrology Dialysis Transplantation, Volume 38, Issue Supplement_1, June 2023.
[10] Dia Mundial do Rim. Disponível em: https://www.gov.br/ans/pt-br/assuntos/noticias/sobre-ans/dia-mundial-do-rim#:~:text=Segundo%20estimativa%20da%20Organiza%C3%A7%C3%A3o%20I . Acesso em outubro/ 2024.
[11] Exame laboratorial Dosagem de Creatinina — Português (Brasil). Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/servicos-estaduais/exame-laboratorial-dosagem-de-creatinina-1. Acesso em outubro/ 2024.
[12] Ministério da Saúde. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS. Disponível em: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/pcdt-de-estrategias-para-atenuar-a-progressao-da-doenca-renal-cronica. Acesso em outubro/ 2024.