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A poucos dias da posse dos 23 vereadores eleitos, a Câmara Municipal de Campina Grande tem atraído os holofotes e situa-se no topo das discussões políticas da cidade. E, pela andar da carruagem, tende a se transformar em palco para reacender o acirramento observado no decorrer da campanha passada entre os dois principais grupos políticos que disputaram o peito.
A eleição para a presidência da casa legislativa, a ser realizada logo após a posse dos parlamentares, no dia 1° de janeiro de 2025, pode ser uma das mais acirradas do poder legislativo campinense. Motivo: a falta de sintonia e diálogo entre os vereadores, especialmente em função do número de postulantes.
Com 12 vereadores eleitos, a base do prefeito Bruno Cunha Lima (UB) tem oito pré-candidatos e a palavra consenso parece não constar no dicionário. Pelo menos até agora, não se viu “alguém abdicar” da candidatura para apoiar outra.
Somente pelo União Brasil, se apresentam como candidatos Alexandre do Sindicato, Ivonete Ludgério, Carol Gomes e Fabiana Gomes. Também estão em campanha, Saulo Germano (Podemos), Saulo Noronha (MDB), Dinho Papa-Léguas (PSDB) e o Pastor Breno (Avante).
Pela oposição, que conta com 11 vereadores, estão com os nomes postos Pimentel Filho e Pila Almeida, do PSB, e Valéria Aragão, do Republicanos.
ACENOS
Segundo colocado na eleição para prefeito pelo PSB, o atual superintendente da PB Saúde, Jhony Bezerra vem pregando a união da oposição. Ele defende o voto fechado num candidato só. Se não for em alguém da oposição, que não seja em Alexandre do Sindicato.
Jhony e o ex-candidato a vice-prefeito, o vereador e atual presidente da Câmara, Marinaldo Cardoso (Republicanos), são simpatizantes da candidatura de Saulo Germano. Para eles, Alexandre, que a exemplo de Saulo, é um dos mais cotatos para se tornar presidente, tem estreitas ligações com o Palácio do Bispo, inclusive, é o vice-líder do prefeito Bruno Cunha Lima na Câmara.
Bruno enfrentou muitas dificuldades para aprovar projetos de interesses do Poder Executivo nesta primeira gestão, em decorrência da relação conturbada com o Poder Legislativo. Inclusive, tem problemas agora na reta final da legislatura, pois até o Orçamento 2025 ainda não foi votado.
A decisão sobre quem vai presidir a Casa de Félix Araújo é dos 23 vereadores. Mas é possível que o prefeito tenha uma participação direta no processo de escolha.
Interessado direto, BCL já se reuniu com a bancada governista, mas ainda não “bateu o martelo” nem foi definido nome. É possível que até o Natal um novo encontro aconteça, mas há informações de que o prefeito não abre mão de um nome que assuma compromissos e esteja em total sintonia com o governo. Ele quer evitar possíveis enfrentamentos entre os poderes como acontece atualmente.
Com Da Paraíba