Escolas da capital promovem atividades de conscientização sobre o autismo

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Neste 2 de abril é celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. Na rede pública de Vitória, atualmente, estão matriculadas 1693 crianças e estudantes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA), um número que tem crescido ano após ano. Sendo assim, promover uma educação inclusiva para esse público é uma premissa das unidades de ensino da capital.

Dessa forma, muitas delas realizam ações educativas em alusao à data. Uma das escolas da rede municipal que já tem tradição em homenagear a ocasião é a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Custódia Dias de Campos, localizada do bairro De Lourdes, e que tem 16 estudantes autistas matriculados.

Para este ano, a equipe escolar mais uma vez preparou uma encantadora ação inclusiva e cheia de significado, que consistiu em reunir estudantes, familiares e professores no pátio da unidade de ensino, onde foi promovido um momento de diálogo e reflexão sobre a temática.

Na ocasião, os estudantes fizeram a leitura de textos com informações sobre o TEA, abordando a importância desse dia e apresentando alguns símbolos representativos do autismo. Por fim, um coral composto pelos estudantes e familiares presentes foi responsável por encerrar a programação de forma marcante, entoando a música “Girassol”.

A ação integra uma série de outras atividades que vem sendo desenvolvidas na escola durante o ano letivo e que fazem parte do projeto “Somos iguais nas diferenças”, criado com a finalidade de desenvolver ações educacionais que auxiliem no processo de ensino e aprendizagem de todos os estudantes, com ou sem deficiência.

O principal objetivo é garantir que todos os alunos possam desfrutar da escola de maneira igualitária, aprendendo, crescendo e convivendo de forma harmoniosa, inclusiva e sem preconceitos, como observa a professora especialista na unidade de ensino, Ana Lúcia Sodré. “É importante dialogarmos sobre a data e promovermos esses movimentos constituídos em sala de aula com os alunos, enfatizando que, quanto mais a gente se informa, mais aprendemos sobre a diferença humana e menos preconceito teremos”, ressaltou a professora.

Representando todas as famílias da unidade escolar, a assistente social Célia Barbosa da Silva Pereira, mãe do estudante Leonardo Bruce, do 5º ano, relatou sua felicidade em participar desse momento na escola. “Ter um aluno autista na rede regular é muito importante”. Ela contou um pouco de sua trajetória como irmã, esposa e mãe de autista e falou de algumas fragilidades enfrentadas ao longo do caminho, como discursos capacitistas. Célia comentou ainda que vê as ações da escola como uma grande aliada para superar essa visão que limita e desrespeita os direitos da pessoa com deficiência.

Por sua vez, a diretora Sidnea Miranda destacou que o autismo não é uma doença, mas sim uma
perspectiva única de enxergar o mundo. “A intenção de abordar o autismo no ambiente
escolar é garantir que os profissionais desenvolvam práticas inclusivas na escola que garantam o direito de aprender de todos”, frisou a diretora da Emef.

Aprendizado para a comunidade escolar

Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Neusa Nunes Gonçalves, localizada em Nova Palestina, a equipe escolar também fez um movimento marcante de conscientização e alusão à data. Logo na chegada dos estudantes, no turno vespertino, a comunidade escolar foi recebida com a entrega de panfletos sobre a temática.

“A iniciativa visa não apenas informar, mas também sensibilizar nossos estudantes e suas famílias sobre o autismo, promovendo uma cultura de respeito e inclusão em nossa comunidade escolar”, destacou a professora especialista Edenise Paixão, que contou com a parceria do pedagogo Elias Gonçalves.

Já após adentrarem os portões do prédio escolar, os estudantes se depararam com uma decoração especial, incluindo um marcante painel que despertava a atenção e curiosidade de todos que passavam pelo local. A peça decorativa funcionou como um ponto de encontro para diálogos, troca de experiências e discussões sobre o tema.

Os estudantes aprovaram a iniciativa e demonstraram interesse pelo movimento de sensibilização. “Eu acho legal porque a gente sempre vai aprendendo um pouco mais, e isso torna o ambiente mais saudável para todo mundo”, disse Isabelly Gomes de Oliveira, estudante do 6º ano. “Essa iniciativa foi muito satisfatória para todos nós, é um tema muito importante”, completou Ana Luiza Napoleão, da mesma turma.

 

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