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Foi há 20 anos, em uma publicação do Pacto Global, que o termo ESG (sigla em inglês para questões ambientais, sociais e de governança corporativa) foi cunhado pelo então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, ao desafiar 50 CEOs de grandes instituições financeiras a integrar fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais até 2030. Na reta final e longe da meta almejada, atrelar métricas ESG à remuneração da liderança corporativa passou a ser uma realidade.
Após um início tímido na zona do socialmente desejável, a liderança, além das metas financeiras, passou a dar especial atenção à pauta ESG sob o olhar atento às exigências de consumidores, funcionários, stakeholders e principalmente à acelerada mudança climática, exigindo da governança corporativa resiliência e uma visão holística sobre a atividade empresarial.
Nessa transição de capitalismo selvagem para um capitalismo humanizado, que não deixa de lado a lucratividade, mas a atrela a um crescimento sustentável, políticas de remuneração variável de executivos tem ganhado destaque e se tornado ponto estratégico para governança, exigindo da liderança protagonismo na implementação das práticas ESG.
A Pesquisa Panorama ESG 2023 da Amcham revelou que 82% dos CEOs entrevistados entendem que essa agenda deve ficar nas mãos da diretoria para o sucesso de sua implementação, mas também reconhecem que o investimento ainda é pautado em retorno financeiro imediato, o que muitas vezes inviabiliza o investimento em práticas ESG, colocando empresas em níveis diferentes de maturidade socioambiental.
Pensando na válvula propulsora que é a remuneração, atrelar incentivos de curto e longo prazo – bonificações, premiações, participação nos lucros, pagamento em ações, opções de ações – a resultados ESG tem contribuído para mudança de ritmo na implementação de uma atividade sustentável, promovendo responsabilidade social, além de engajar colaboradores, reter talentos e atrair o sentimento de unicidade e pertencimento.
Além das métricas financeiras, empresas de alimentação e agricultura podem adotar práticas regenerativas de solo e da biodiversidade; empresas de alumínio produzindo produtos livres de carbono; empresas de bens de consumo substituindo embalagens plásticas por biodegradáveis; mídias sociais que se preocupam com a veracidade das publicações e eliminam práticas discriminatórias; empresas de vestuário que controlam toda a cadeia produtiva combatendo o trabalho infantil e as condições análogas às de escravidão são alguns exemplos de métricas que podem ser adotados em políticas de remuneração, juntamente com diversidade, equidade e inclusão.
Importante que a escolha das métricas esteja adequada à cultura e realidade do modelo de negócio, possibilitando uma divulgação clara, eficaz e transparente dos resultados, alinhada com relatórios de dados ESG e normas instituídas por agências reguladoras, a exemplo da Resolução 59/2021 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que entrou em vigor em 2023, estabelecendo novas diretrizes para divulgação de informações relacionadas a temáticas social, ambiental e de governança pelas companhias abertas, inclusive sobre indicadores ESG atrelados à remuneração dos administradores.
Nos próximos 18 meses, o Brasil, que é o atual presidente do G20 e a segunda maior rede local do mundo do Pacto Global da ONU, sediará o encontro da Cúpula da Liderança do G20 e a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), colocando as práticas de sustentabilidade, de governança e sociais desempenhadas pelas lideranças locais sob os holofotes dos líderes mundiais, o que torna ainda mais relevante o engajamento da governança corporativa.
Acionistas, investidores, reguladores e sociedade estão desafiando as empresas a assumirem compromissos socioambientais mais ambiciosos de forma estratégica, responsável e transparente. A perenidade da atividade empresarial depende cada vez mais de uma agenda responsável da governança que deve protagonizar a implementação das práticas ESG. Agir deixou de ser opção; é questão de sobrevivência empresarial e socioambiental e atribuir métricas e indicadores ESG nos incentivos de curto e longo prazo engaja a liderança, inspirando toda a cadeia produtiva.