EXCLUSIVO: As mudanças previstas no secretariado de Jorginho; Governo recebe proposta salarial do setor da Segurança, entre outros destaques

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Jorginho terá que fazer acomodações no colegiado – Imagem: Roberto Zacarias / SECOM

O governador Jorginho Mello (PL) já planeja a reforma que fará no colegiado no próximo ano. Com ex-prefeitos para acomodar e mais o MDB, que deverá aceitar o convite para assumir mais uma secretaria, a nova cara do governo está sendo desenhada pelo governador e seus filhos, Filipe e Bruno Mello.

Segundo uma fonte ligada ao Partido Liberal, as mudanças devem ocorrer no início do próximo ano. O atual secretário de Estado do Turismo, Evandro Neiva, deve deixar o cargo para dar lugar ao prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira (PL), que encerra o seu mandato no final de dezembro. Neiva deverá voltar para Itajaí, para assumir o Turismo na gestão do prefeito eleito Robison Coelho (PL).

A Secretaria de Proteção e Defesa Civil deverá ter como secretário outro prefeito que encerra o seu mandato neste ano. Mário Hildebrandt (PL), de Blumenau, entrará no lugar do coronel Fabiano de Souza.

O deputado estadual Antídio Lunelli (MDB) aceitará assumir a Secretaria de Estado da Agricultura. Outra mudança também está prevista para os emedebistas. De acordo com a fonte, o deputado federal Carlos Chiodini deve assumir a Secretaria de Estado da Infraestrutura no lugar do deputado estadual Jerry Comper. Ao ser procurado para falar sobre sua possível saída do cargo, Comper respondeu: “Esqueceram de falar com o nosso líder Fernando (Krelling). Até porque a bancada está muito unida”. Segundo ele, a informação sobre sua saída não procede. Chiodini também negou a informação, afirmando que não existe nada em relação à sua entrada no governo.

Na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde, o comando deve voltar a ser do deputado federal Ricardo Guidi (PL), que perdeu a eleição em Criciúma. Isso atenderá a um acordo para que o suplente Darci de Matos assuma em Brasília.

Quem também deverá ser aproveitada é a ex-prefeita de São José, Adeliana Dal Pont (PL), que não se elegeu. Ainda não há um espaço definido, mas ela será valorizada. A prefeita de Vargem, Milena Lopes (PL), é cotada para ser a secretária adjunta de Estado da Saúde ou adjunta da Assistência Social. A prefeita de Palmeira, Fernanda Córdova (PL), poderá ir para a Articulação Nacional como adjunta.

A prefeita de Itapema, Nilza Simas (PL), que elegeu o sucessor, Alexandre Xepa (PL), deverá assumir a Superintendência de Saúde do Estado. Outras mudanças pontuais também estão sendo estudadas. Na Casa Civil, a tendência é que a secretaria permaneça apenas com Marcelo Mendes como adjunto, ficando a articulação política com o próprio governador e com o secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert.

Antecipou

Na coluna de ontem de manhã de Luiz Veríssimo, no SCemPauta, foi divulgado em primeira mão que o deputado estadual Antídio Lunelli (MDB) iria aceitar o convite para assumir a Secretaria de Estado da Agricultura.

Policiais penais

Categoria se reuniu em frente ao Centro Administrativo – Imagem: Divulgação

A Associação dos Policiais Penais e Agentes de Segurança Socioeducativos do Estado de Santa Catarina realizou, ontem, uma assembleia geral da categoria em frente ao Centro Administrativo do Governo do Estado. Cerca de 600 policiais penais e agentes participaram. Foi aprovado um documento de reestruturação da carreira e reajuste salarial, já protocolado na Secretaria de Estado da Administração. Na pauta entregue ao secretário Vânio Boing, está o pedido de mudança na progressão funcional de três para dois anos. Os servidores têm levado cerca de 21 anos para chegar ao último nível da carreira, e a ideia da categoria é reduzir esse tempo para 15 anos. Apenas o estágio probatório seguirá com o triênio. A reestruturação salarial também está na pauta, e a negociação sobre o salário terá início no próximo ano. Vale destacar que a categoria trabalha num dos setores mais delicados do estado, refletindo diretamente na sociedade.

Pressão

Grades foram colocadas em frente ao Centro Administrativo – Imagem: Divulgação

Conforme escrevi ontem, o governo mandou colocar grades para afastar os policiais penais e agentes socioeducativos do Centro Administrativo. Além disso, policiais do Choque e do Bope também foram deslocados para o local. Um dirigente da Associação dos Policiais Penais e Agentes de Segurança Socioeducativos recebeu uma ligação de um capitão que estava no comando no local. O recado teria sido claro: “Espero não ter que usar a força policial contra os policiais penais”, segundo relatos de dois dirigentes. A situação foi interpretada como uma ameaça pelos representantes da categoria. Procurada, a assessoria da PM informou que não haverá manifestação. Resta a questão: será que uma assembleia de uma categoria deve motivar uma suposta ameaça?

Reposição salarial

Ontem foi protocolado no Governo do Estado um documento assinado por 15 entidades representativas dos policiais militares, civis, dos bombeiros e da Polícia Científica, com uma proposta de reposição salarial. O documento apresenta uma exposição de motivos, detalhando a realidade do setor de segurança pública e apontando um percentual de 35%, que não é de aumento, mas apenas de reposição da inflação. A proposta vem sendo elaborada desde novembro do ano passado. Além da questão salarial, o documento ressalta a necessária valorização profissional.

Estado seguro

Representantes das categorias relataram que a discussão é pertinente, visto que o governador Jorginho Mello (PL) tem se destacado como o maior “garoto-propaganda” do setor de segurança pública. Quase diariamente, Jorginho afirma que Santa Catarina é o estado mais seguro. Eles lembraram que, há alguns anos, o estado aparecia como o segundo maior salário pago aos policiais em relação a outros estados. Porém, a falta de reposição fez com que os policiais e bombeiros catarinenses passassem a receber o 10º maior salário. “Enquanto isso, há anos temos a segurança mais eficaz. Só falam dos resultados, mas não temos o reconhecimento”, afirmou uma liderança policial.

Por trás da propaganda 1

O documento aponta que os resultados alcançados pelo setor de segurança de Santa Catarina têm sido mais pelo esforço dos policiais do que pelas condições oferecidas a eles. Consta que há um grande índice de profissionais afastados por problemas psicológicos gerados pela pressão da profissão, somada à redução do efetivo, o que tem levado os profissionais a trabalharem dobrado, ou até mesmo triplicado, conforme foi relatado.

Por trás da propaganda 2

O documento destaca ainda que, mesmo com investimentos em tecnologia, a carga horária dos policiais é muito cansativa, inclusive para aqueles que operam os equipamentos adquiridos pelo estado. Santa Catarina conta, atualmente, com pouco mais de 9 mil policiais, quando o ideal seria cerca de 20 mil. Assim que receberam o documento, todos os setores do governo colocaram em sigilo.

Magistério

A Assembleia Legislativa aprovou por unanimidade o Projeto de Lei que reajusta as faixas salariais do magistério estadual. A proposta, de autoria do Poder Executivo, segue para votação da redação final e posterior sanção do governador Jorginho Mello (PL). O objetivo, segundo o governo, é descompactar a tabela de vencimentos dos professores efetivos, considerando tempo de serviço e qualificação, com valores retroativos a setembro. A medida visa cumprir o dispositivo constitucional de aplicação de 25% da receita em educação e atender ao Piso Nacional do Magistério, de R$ 4.580,57.

Recursos do Fundeb

Em plenário, os deputados Marcos Abreu, o Marquito (PSOL), Fabiano da Luz (PT) e Luciane Carminatti (PT) reconheceram avanços no projeto de reajuste para o magistério, mas consideraram as medidas insuficientes para a valorização da categoria. Marquito criticou a falta de descompactação na tabela salarial e defendeu o uso de 100% dos recursos do Fundeb. Fabiano reforçou a necessidade de maiores investimentos, mencionando a disponibilidade de recursos do governo. Luciane, relatora do projeto na Comissão de Educação, ressaltou que a proposta preserva direitos como aposentadoria e triênios, mas cobrou o uso integral do Fundeb a partir de 2025, compromisso que teria sido assumido pelo governador.

Encontro

Jorginho e João ficaram lado a lado durante a inauguração – Imagem: Leandro Schimidt

Ontem, Chapecó foi o palco do primeiro encontro entre o prefeito João Rodrigues (PSD) e o governador Jorginho Mello (PL), após Rodrigues ter anunciado que pretende disputar o Governo do Estado em 2026. Eles conversaram em alguns momentos, mas o clima de constrangimento entre os dois ficou evidente. Hoje à noite, na entrega do Troféu Desbravador, Rodrigues fará uma série de anúncios, como a construção do novo Centro Administrativo e da nova Câmara de Vereadores, além de investimentos no parque da Efapi, transformando-o no maior centro de convenções de Santa Catarina e o mais completo do Sul do Brasil.

Secretariado de Vaguinho

Espíndola quer formar o secretariado com os partidos que o apoiaram – Imagem: Divulgação

O prefeito eleito de Criciúma, Vagner Espíndola (PSD), conversará com todos os partidos de sua aliança para formar seu secretariado. Ontem, ele se encontrou com a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB). Amanhã, as conversas serão com o deputado estadual Rodrigo Minotto (PDT) e com o deputado federal Fábio Schiochet, que preside o União Brasil. Conversas também já foram realizadas com o deputado estadual Júlio Garcia (PSD) e com o prefeito afastado Clésio Salvaro (PSD). A ideia é formar o colegiado valorizando todos os partidos que o ajudaram a se eleger. O prefeito eleito pretende criar uma Diretoria de Compliance com plano de integridade.

Câmara

Quanto à presidência da Câmara de Vereadores de Criciúma, o prefeito eleito Vagner Espíndola (PSD) me disse que não irá intervir, apenas pediu aos vereadores eleitos de sua base que tenham discernimento. Espíndola tem a maioria, além disso, os vereadores que não são do PL, como Marquinho Machado (MDB), Miri Dagostim (Progressistas) e a vereadora Geovana Mondardo (PCdoB), que foi reeleita como a mais votada, poderão compor para a eleição da mesa. “Isso não é uma garantia de apoio ao nosso governo. Mas, no caso dela, ela estará com o PSD. Com certeza, não estará com o PL”, afirmou.

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