Família tradicional da Vila da Glória completa seu quarto mandato consecutivo

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Marryon Isabelle Ledoux. Foto: Redes Sociais

Descendentes de franceses que chegaram na Vila da Glória em 1841, a família Ledoux manteve a tradição elegendo pelo quarto mandato consecutivo uma representante na Câmara de Vereadores de São Francisco do Sul, a terceira cidade mais antiga do Brasil e sede do maior porto catarinense. Maryon Ledoux (PL) recebeu 556 votos e será a única vereadora da família na próxima legislatura, já que os primos em segundo-grau Tuta Ledoux Batista (PSD) não se reelegeu ( mesmo com seus 644 votos) e Fernando Ledoux foi impedido de concorrer pelo seu partido (PP).

Primeira mulher da família

A advogada Maryon Ledoux é casada com Eron Batista, outra família tradicional da Vila da Glória, muito conhecida pelos restaurantes de frutos do mar dos descendentes de Zinho Batista. Ela é a primeira mulher com cargo eletivo da família e, quando tomar posse em janeiro de 2025 ,não estará em ambiente estranho, já que lá trabalhou como assessora parlamentar por alguns anos.

Primeira vereadora

Fernando Ledoux. Foto: Reprodução

Vereador mais votado da história

A família elegeu Tuta em 2016 e o reelegeu em 2020. Ele não conseguiu um terceiro mandato em 2020 porque disputou com outros dois primos/candidatos, Fernando e Sara. Contudo, a família manteve um representante com a votação de Fernando Ledoux (1.177 votos) até hoje o vereador mais votado da história de São Francisco do Sul. Em 2024, o PP decidiu não ter candidato a prefeito para apoiar Renato Gama Lobo e excluiu o seu vereador mais votado da relação de candidatos.

Colônia francesa

Uma década antes da chegada da barca Colon com imigrantes europeus para fundar Joinville, havia na península do Saí uma comunidade de casais franceses que para lá imigraram para um projeto socialista inspirado no filósofo francês François Marie Charles Fourier. O Falastério do Saí ficava onde hoje é a Vila da Glória, distrito de São Francisco do Sul localizado no outro lado da Baía da Babitonga. A experiência que muitos historiadores chamaram de “utópica” não deu certo por várias razões e muitas famílias retornaram à França. Em 1864, 13 anos após a fundação de Joinville, apenas seis famílias lá permaneceram, entre elas a de Leon Ledoux. Muitos descendentes imigraram para outros países ou se transferiram para centenas de cidades, mas muitos permaneceram e transformaram a família como sendo uma das mais tradicionais da Vila da Glória.

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