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Um bebê com 47 dias com anomalias congênitas associadas à transmissão de Febre Oropouche durante a gravidez morreu semana passada, no Acre. A mãe, de 33 anos, havia apresentado rash cutâneo (erupções) e febre no segundo mês de gravidez, e os exames laboratoriais no pós-parto deram resultado positivo para o vírus Oropouche.
O bebê nasceu com microcefalia e malformações nas articulações. Técnicos do Ministério da Saúde preparam uma nota técnica para Estados e municípios, com orientações para a metodologia de análise laboratorial, vigilância e a assistência em saúde sobre as condutas recomendadas para gestantes e recém-nascidos com sintomas compatíveis com Oropouche.
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De acordo com o Ministério da Saúde, a anomalia congênita está associada à Febre Oropouche. Mas não há, ainda, como afirmar que a transmissão do vírus durante a gestação para o bebê foi o que causou a microcefalia e malformações.
Na nota, haverá recomendação de medidas de proteção para evitar ou reduzir a exposição às picadas dos insetos. Um dos recursos indicados é o uso de roupas compridas, de sapatos fechados e de repelentes nas partes do corpo expostas, sobretudo nas primeiras horas da manhã e ao final da tarde.
Também haverá o reforço de medidas de proteção coletiva, tais como limpeza de terrenos e de locais de criação de animais, recolhimento de folhas e frutos que caem no solo, uso de telas de malha fina em portas e janelas.
Foram registrados 7.497 casos de Oropouche, em 23 estados brasileiros em 2024, segundo dados até o dia 6 de agosto. A maior parte dos casos foi registrada no Amazonas e em Rondônia. Até o momento, um óbito em Santa Catarina está em investigação.
Na semana passada, foram confirmados os primeiros dois óbitos pela doença no país. Os casos são de mulheres do interior do estado da Bahia, com menos de 30 anos, sem comorbidades, mas que tiveram sinais e sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave.
Presente no país desde a década de 60, a circulação do vírus da Febre Oropouche era identificada na região Norte. A partir deste ano, a detecção de casos de Oropouche aumentou, depois que testes passaram a ser enviados também para todos os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) do país. Os centros passaram a testar para Oropouche os casos negativos para dengue, Zika e chikungunya. Anteriormente, esse tipo de exame era feito apenas nos estados da região Amazônica.
A Sala Nacional de Arboviroses passou a monitorar os casos. Nos próximos dias, o Plano Nacional de Enfrentamento às Arboviroses, incluindo dengue, Zika, chikungunya e Oropouche.