Genial/Quaest: Lula projeta força liderando cenários eleitorais para 2026

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Pesquisa realizada antes da internação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre 4 e 9 de dezembro, posiciona o presidente como favorito em quatro cenários de segundo turno na eleição de 2026. Levantamento da Genial/Quaest, divulgado nesta quinta-feira (11), mostra que Lula venceria Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, Pablo Marçal e Ronaldo Caiado com ampla margem. A candidatura do petista, porém, divide opiniões.

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No entanto, há uma divisão quase simétrica sobre uma nova candidatura do petista.  Para 52% dos entrevistados, Lula não deveria disputar a reeleição, enquanto 48% apoiam sua permanência no jogo político por mais quatro anos. O resultado aferido sugere um avanço desde outubro, quando apenas 40% endossavam sua candidatura e 58% eram contra.

Em uma demonstração da complexidade do atual cenário político brasileiro, o levantamento revela um paradoxo: mesmo com mais da metade dos eleitores contrários à sua candidatura em 2026, Lula mantém a liderança em todos os cenários de segundo turno simulados.

A disparidade entre a rejeição à candidatura e o desempenho de Lula nas simulações eleitorais indica mais uma hesitação em relação a seus adversários do que um apoio contundente ao atual presidente.

Na prática, mesmo os eleitores que gostariam de ver um novo nome na disputa, Lula representa um caminho mais previsível, com virtudes e defeitos já amplamente mapeados pelo eleitorado nacional, em contraste com seus potenciais oponentes, que ainda carecem de maior visibilidade e reconhecimento em escala nacional.

Haddad se firma como sucessor de Lula

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é o favorito para suceder Lula na disputa de 2026, segundo a pesquisa. Com 27% das preferências, Haddad lidera com folga sobre outros nomes da base governista, como Ciro Gomes (17%) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (14%).

Em simulações de segundo turno, Haddad venceria todos os principais adversários testados: superaria Jair Bolsonaro por 42% a 35%, o governador Tarcísio de Freitas por 44% a 25%, Pablo Marçal por 42% a 28%, e estabeleceria sua maior vantagem contra Ronaldo Caiado, por 45% a 19%.

Oposição sem Bolsonaro

Já no campo da oposição, em um cenário sem o nome de Jair Bolsonaro, sua esposa Michelle Bolsonaro aparece como a candidata mais competitiva, atraindo 21% das intenções de voto. O empresário Pablo Marçal (18%) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (17%), aparecem tecnicamente empatados na disputa pela liderança da direita.

O potencial de Haddad medido nas simulações fortalece sua posição no xadrez sucessório do PT, enquanto a liderança de Michelle Bolsonaro entre os opositores sugere que o capital político do bolsonarismo pode sobreviver mesmo sem seu protagonista.

Detalhes da Pesquisa:

  • Entrevistados: 8.598 eleitores
  • Idade: 16 anos ou mais
  • Margem de erro: 1 ponto percentual
  • Nível de confiança: 95%
  • Período: 4 a 9 de dezembro de 2023

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