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O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou na tarde desta segunda-feira (1º) o decreto de estado de emergência em apoio ao Rio Grande do Norte para a viabilidade de recursos para a reconstrução da ponte na BR 304, no município de Lajes. Já estamos trabalhando na Ponte do Riacho Bom Fim na rodovia BR-304/RN, em Lajes, no Rio Grande do Norte, que sofreu uma ruptura devido às fortes chuvas. Vamos projetar a construção emergencial de uma nova ponte e estamos monitorando as demais estruturas existentes na rodovia. Em paralelo, visando garantir a trafegabilidade dos usuários, elaboramos em conjunto com a PRF e o Governo do RN, rotas alternativas ao trecho interditado.
Nas redes sociais, a Governadora Fátima Bezerra agradeceu a parceria e empenho do Governo Federal: Agradecer aqui, mais uma vez, ao presidente Lula que de prontidão garantiu os recursos necessários para o enfrentamento dessa situação. E, também, ao ministro Renan Filho e toda sua equipe pelo empenho e somatória de esforços!
Então esse trecho poderá ser reconstruído em 6 meses, 7 ou 8 meses, menos que 6 meses é quase impossível a reconstrução de uma ponte como essa. Porque não é só a ponte, vem o resto da BR. Uma precisão é impossível, precisa esperar baixar o nível da água, enfatizou o diretor, acrescentando que aguarda a chegada de representantes nacionais, Levantamos o drone, para ver a situação. Estamos aguardando a chegada de técnicos do DNIT vindos de Brasília e um diretor para nos dar apoio.
A liberação do trecho interditado, no entanto, deverá acontecer antes, com a elaboração de um projeto emergencial: Segundo os técnicos do DNIT, é preciso fazer um projeto, mesmo que seja um projeto emergencial, tem que construir essa ponte, reconstruir a BR. Foram aproximadamente 200 a 300 metros que foram embora de estrada, fora as rachaduras em canteiros e isso pode chegar a 1 KM.
O diretor afirmou ainda que o acompanhamento é diário e em parceria com os municípios: Nós ficamos acompanhando junto a gestão municipal de cada localidade. Por exemplo, em Ipanguaçu, o açude Pataxó estava com a lâmina de sangria muito elevada, já chegou a 1,7 metros. Então, nossa equipe já esteve lá e abriu a comporta do açude para liberar a água e evitar possíveis danos à estrutura.
Contudo, o gestor afirma que é preciso ter atenção aos reservatórios privados: Agora, é importante que se diga que nós temos muitos pequenos reservatórios que são privados e que nós não temos conhecimento sobre eles. Informações levantadas, em um estudo publicado há pouco tempo, indicam que nós temos mais de 25 mil espelhos dágua no Rio Grande do Norte. Então, muitos deles são construídos sem o rito, a passagem pelo Estado para a obtenção da licença de obra hidráulica. Então, muitas vezes a gente toma conhecimento desses barreiros, desses pequenos açudes, em situações como essa (de desastre), infelizmente. Mas daquelas que nós monitoramos, os maiores, que nós temos esse acompanhamento, nós não temos nenhuma situação de alerta que nos cause inquietude e preocupação.
Entre as áreas com maiores acumulados estão a Central, em média 252,4 mm, o que supera os 147,6mm esperados. Gilmar Bristot explica que, entre os principais motivos para as chuvas intensas, está o maior aquecimento do oceano atlântico, com temperaturas variando entre 29°C e 30°C, o que alimenta as zonas de convergência e libera mais umidade. É uma condição inédita, esclarece, uma vez que o ideal é que os valores fiquem abaixo de 28oC.
O cenário de maior aquecimento dos oceanos, conforme o meteorologista, ainda é uma dúvida entre os cientistas. Sabemos que há influências das mudanças climáticas, temos mudanças nas correntes marítimas. O oceano atlântico sul abrange toda a sua extensão. Há uma preocupação quanto ao aquecimento que está se mantendo desde setembro de 2023, complementa Gilmar.
Uma das consequências da liberação desse calor é a chuva intensa que atinge as cidades, com a previsão de continuidade na Faixa equatorial do Nordeste nos próximos dias. Gilmar Bristot adverte, no entanto, que as precipitações dos últimos meses são diferentes das observadas no início dos anos 2000. Durante esse período, o Rio Grande do Norte teve uma grande quantidade de precipitações com a distribuição de precipitações em todo o território. Nesta ocasião, as precipitações se concentram em certas áreas.
Segundo o relatório do Instituto, pelo menos três barragens já atingiram sua capacidade máxima: O Relatório dos Volumes dos Principais Reservatórios do RN, indica que a barragem Mendubim, localizada em Assú, com capacidade para 77.600.250 m³, atingiu 100% da sua capacidade neste domingo, 31 de março, assim como o açude público de Riacho da Cruz, com capacidade para 9.604.200 m 3, também chegou a 100% da sua capacidade. Já o açude Malhada Vermelha, localizado em Severiano Melo, começou a sangrar no último sábado, 30 de março.
Segundo o Igarn, outros reservatórios já atingiram a capacidade máxima como: Campo Grande, em São Paulo do Potengi; Pataxó, em Ipanguaçu; Dourado, em Currais Novos; Passagem, em Rodolfo Fernandes; Beldroega, em Paraú; o açude público de Encanto; e Santa Cruz do Trairi, em Santa Cruz.
O instituto também divulgou um panorama da situação dos demais reservatórios como a da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório do RN que acumula 64,84% da sua capacidade total. No mesmo período do ano passado, o manancial estava 56,56% da sua capacidade.
A barragem Umari, localizada em Upanema, acumula 85,57% da capacidade total. No dia 01º de abril de 2023, o reservatório estava com 76,43% da sua capacidade total.
O açude Marechal Dutra, também conhecido como Gargalheiras, acumula 75,85% da sua capacidade. Esse é um dos que mais chama atenção já que, no início de abril do ano passado o manancial estava com 4,07% da sua capacidade total.
A barragem Santa Cruz do Apodi acumula 67,54% da sua capacidade total. No mesmo período de 2023, o manancial estava com 53,67% da sua capacidade total.
A barragem de Poço Branco acumula 41,51% da sua capacidade total. No início de abril do ano passado o reservatório estava com 25,57% da sua capacidade total.
O açude público de Cruzeta acumula 67,05% da sua capacidade total. No mesmo período do ano passado o manancial estava com 30,15% da sua capacidade total.