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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi denunciado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) por conta do aumento da violência policial na Baixada Santista, no litoral de São Paulo.
A Conectas Direitos Humanos e a Comissão Arns, grupos que atuam na defesa das minorias, fizeram a queixa nesta sexta-feira (8), durante a 55ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que ocorre em Genebra, na Suíça.
Na carta que foi lida, as organizações apontam que as mortes em decorrência de intervenção policial subiram 94% no primeiro bimestre de 2024, e que isso é “resultado de uma ação deliberada do atual governador, Tarcísio de Freitas, que vem investindo na violência policial contra pessoas negras e pobres”.
No discurso, os grupos apontam a alta letalidade das operações Escudo e Verão, deflagradas após a morte de policiais na região da Baixada Santista. “Há denúncias de execuções sumárias, tortura, prisões forjadas, e outras violações de direitos humanos, bem como a ausência deliberada de uso das câmeras corporais”, diz o trecho.
As organizações vão pedir à ONU que o órgão inste o governo brasileiro a estabelecer medidas de controle à violência policial no estado, e que solicite que a implementação do programa de câmeras corporais seja mantido. Os grupos também pedem a investigação independente dos agentes envolvidos em supostas irregularidades.
Em nota à CNN, o governo de São Paulo afirmou que tem comprometimento com a proteção da população e a correta aplicação das leis vigentes.
“As forças de segurança do Estado são instituições legalistas que operam estritamente dentro de seu dever constitucional, seguindo protocolos operacionais rigorosos. Não toleram excessos, indisciplina ou desvios de conduta, sendo todas essas práticas rigorosamente investigadas e punidas pelas corporações”, completa a nota.
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