História de Superação de Erica: a jornada de recuperação da farmacodependência

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Erica é uma profissional de enfermagem que, como muitos outros, enfrentou desafios intensos durante a pandemia. A rotina extenuante e a pressão emocional do trabalho no setor da saúde a levaram a desenvolver uma depressão grave, para a qual começou a fazer uso de Zolpidem, um medicamento para insônia.

Sem nunca ter usado álcool, cigarro ou qualquer substância ilícita, Erica não se identificava como alguém dependente de substâncias. No entanto, a farmacodependência do Zolpidem foi se tornando uma realidade cada vez mais presente e desafiadora em sua vida.

A Pandemia do COVID-19

Durante a pandemia, quando os horários de trabalho ficaram cada vez mais longos e imprevisíveis, Erica encontrou no uso abusivo do medicamento uma forma de suportar a pressão.

Mas em dezembro de 2021, essa realidade teve um desfecho crítico. Seu filho a encontrou desacordada, com a casa revirada, e cartelas de Zolpidem vazias foram localizadas no lixo.

Foi então que, pela primeira vez, Erica acordou no Hospital Santa Mônica (HSM). Ainda sem aceitar sua condição, resistiu à internação e, após quinze dias, conseguiu convencer sua família a assinar sua alta, prometendo seguir o tratamento.

No entanto, a promessa não durou muito e, sem o suporte necessário, Erica recaiu novamente, precisando de uma nova internação involuntária em junho de 2022.

Internação voluntária

Após outra fase de tratamento, Erica voltou a tentar seguir sua vida. Porém, a fármaco-dependência persistiu. Foi somente em março de 2024, ao ver o desespero estampado no rosto de seu filho, que Erica tomou uma decisão diferente. Decidiu, por conta própria, retornar ao Hospital Santa Mônica para uma internação voluntária. A jornada para a recuperação, dessa vez, seria encarada com total entrega e comprometimento.

Tratamento

No HSM, Erica foi acolhida por uma equipe de profissionais de excelência. Sob a orientação do Dr. Fábio José Beites e do psicólogo Clóvis Júnior, Erica recebeu suporte para se engajar no programa de dependência química, que incluía uma grade terapêutica específica.

Cada sessão, cada orientação e cada terapia com a equipe – desde os médicos até o cuidadoso trabalho de profissionais como o da psicóloga Ayde Câmara, com os 12 passos de Narcóticos Anônimos, e o psicólogo Antônio Chaves Filho, sempre incentivando todos – foram fundamentais para a recuperação de Erica.

Com paciência e dedicação, o Dr. Fábio orientou Erica na retirada gradual de qualquer substância que pudesse levar ao abuso, enquanto ela aprendia a aceitar sua condição e abraçar o tratamento. “Eu me entreguei totalmente ao tratamento”, relata Erica. Com serenidade e aceitação, ela conta que, pela primeira vez, sentiu-se acolhida e respeitada, do atendimento dos profissionais da limpeza aos médicos.

Hoje, Erica sente os frutos dessa jornada. Sua história no Hospital Santa Mônica é um testemunho de superação, serenidade e aceitação. Ela reconhece que, se algum dia precisar, poderá contar com essa equipe forte e dedicada para ajudá-la novamente.

Essa trajetória de recuperação inspira a muitos, especialmente aqueles que enfrentam a luta contra a farmacodependência, mostrando que a entrega ao tratamento e o apoio de uma equipe capacitada podem transformar vidas.

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