No mundo atual, a percepção das dificuldades não pode mais se dissociar do remanejamento dos quadros funcionais.
Pensando mais a longo prazo, a percepção das dificuldades possibilita uma melhor visão global dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

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Assim mesmo, a complexidade dos estudos efetuados ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

Hospital do Cariri completa dez anos de atuação na transição do cuidado dos pacientes

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Em uma manhã do mês de dezembro de 2024, o aposentado Genilson Lobo, 55, precisou voltar ao Hospital Regional do Cariri (HRC), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) em Juazeiro do Norte. Mas, desta vez, por um motivo especial. Ele retornou como convidado de honra do evento que marcou os dez anos de existência do Programa de Atendimento Domiciliar (PAD) do HRC, do qual foi um dos mais de 80 pacientes atendidos em 2024.

Genilson é acometido por Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) grave, condição que causa o bloqueio do fluxo de ar e dificulta a respiração. Além de falta de ar e sensação de aperto no peito, os sintomas incluem tosse persistente, cansaço e chiado no peito. Por conta da doença, ele ficou pouco mais de dois meses internado no HRC, onde passou pela Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e pela Unidade de Cuidados Especiais (UCE).

Quando recebeu alta, o quadro clínico dele ainda exigia bastante cuidado e atenção, pois estava usando diversos dispositivos, motivo pelo qual passou a ser acompanhado pelo PAD. “Ele saiu praticamente com um pedido de transplante de pulmão. Saiu traqueostomizado, fazendo uso de ventilação mecânica, com sonda nasoenteral, sonda vesical de demora e com lesão por pressão na região final da coluna”, relata a enfermeira do PAD, Anna Carolynna Rodrigues (foto).

Durante os dois meses em que foi acompanhado pela equipe multidisciplinar do PAD, a evolução dele permitiu que fossem retirados todos esses dispositivos. Genilson voltou a caminhar e a falar, até que recebeu alta do programa. “Foi uma experiência muito boa, porque eu estava desenganado”, conta o paciente sobre o atendimento que recebeu em domicílio. “Hoje eu vim para cá sozinho, de moto”, revela animado com a própria recuperação.

A situação também o aproximou da filha, que veio de São Paulo para cuidar dele. “Se não fosse por ela e por vocês (equipe do PAD) eu não estaria aqui agora. O que o PAD fez comigo foi bom porque minha filha aprendeu muito, porque ela nunca tinha cuidado de paciente”, afirma Genilson.

Continuidade do cuidado

O PAD do HRC foi criado em 2014 com o objetivo de garantir a continuidade do cuidado a pacientes que, após a alta hospitalar, ainda necessitam de acompanhamento em domicílio para lidar com condições de saúde mais delicadas. De janeiro a novembro de 2024, já foram 2.076 atendimentos realizados pela equipe formada por médica, enfermeira, fisioterapeuta, fonoaudióloga e assistente social.

Os pacientes incluídos no PAD são aqueles acamados ou com limitação de movimentos; em uso de dispositivos, como traqueostomia, sondas e ventilação mecânica invasiva; com lesão por pressão; e pacientes em cuidados paliativos.

“Então os pacientes que já têm alguma limitação do cuidado, pela própria doença ou por uma falência terapêutica, ou a questão da idade muito avançada, e que precisam do cuidado que poderia ser dado fora do hospital, a equipe do PAD também faz esse acompanhamento, que é pra dar qualidade e dignidade nesse momento da vida desses pacientes”, explica a médica que coordena o PAD do HRC, Caroline Cabral.

Além disso, o PAD promove educação em saúde para os cuidadores, para que eles contribuam com a readaptação do paciente em casa. Com o objetivo de reforçar ainda mais as orientações, a equipe do PAD produziu uma cartilha virtual contendo as principais informações para familiares e cuidadores, no que diz respeito aos cuidados que devem ser observados no ambiente domiciliar, principalmente após a alta do programa.

Com informações do Governo do Estado do Ceará

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