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Após 50 dias de ter decretado estado de calamidade por 90 dias devido às chuvas intensas que castigaram a região Oeste do Rio Grande do Norte, o município de Ipanguaçu continua sofrendo riscos de novas inundações, com a nova cheia do açude Pataxó, conforme o coordenador da Defesa Civil de Ipanguaçu, André Cortez. Segundo ele, o principal açude do município, que possui capacidade total de aproximadamente 25 milhões de metros cúbicos de água e faz parte da bacia do Rio Piranhas/Açu, já está com 20 centímetros.
Entre os principais bairros atingidos pelas inundações, o coordenador cita Ubarana, Maria Romana, Frei Damião e Pinheirão, na zona urbana, e foram em torno de 18 comunidades rurais que ficaram isoladas durante as fortes chuvas ainda no mês de abril. Na ocasião, houve transbordamento de açudes, alagamento de imóveis, perdas de pertences dos moradores, além de crateras abertas, quedas de árvores e redes de drenagem afetadas.
De acordo com a Prefeitura Municipal, no mês passado, cerca de 700 famílias estavam em comunidades ilhadas. E, segundo Cortez, as pessoas foram resgatadas pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros Militar do RN e abrigadas em escolas municipais e estaduais, mas, apesar da água baixar, muitas famílias ainda continuam nos abrigos.
Inclusive, ficamos um período sem ter aulas nas escolas do município, que estão voltando agora, lentamente. Estamos aguardando as águas baixarem em algumas situações, algumas pessoas já puderam voltar para suas casas, mas a gente está em alerta, está no vermelho. Qualquer hora pode ser que aconteça de novo, destacou.
O coordenador da Defesa Civil de Ipanguaçu ressaltou que a situação atingiu as mais diversas esferas e cita saúde e educação, além disso, transbordamento de açudes, alagamento de casas, abertura de crateras e quedas de árvores foram alguns dos problemas registrados pela Prefeitura de Ipanguaçu com a intensidade das chuvas.
A Defesa Civil continua em alerta e prestando assistência com canoas e trator às pessoas que precisam sair de lugares ilhados, segundo diz o coordenador. A recomendação é de alerta. A gente fica em alerta 24 horas por dia e é o que a gente passa para as pessoas das comunidades. Algumas pessoas querem voltar para suas casas e [a gente] não pode deixar porque destruiu imóveis, informou.
No mês passado, a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) visitou o município para auxiliar a população que ficou em áreas isoladas após as chuvas intensas que causaram as enchentes na cidade. Profissionais de saúde, entre eles enfermeiros e médicos, prestaram assistência por cerca de 10 dias.