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A 5ª Vara Criminal de Brasília do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) aceitou, na última segunda-feira (25/3), uma denúncia do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e tornou réu Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e outras cinco pessoas pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso.
Segundo as investigações, Jair Renan e Maciel Alves de Carvalho teriam falsificado relatórios financeiros da empresa Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia, da qual são sócios, para obter lastro de empréstimo no banco Santander. Os documentos adulterados alegavam um faturamento de R$ 4,6 milhões entre 2021 e 2022.
Com base nos relatórios, Jair Renan e Maciel Alves de Carvalho abriram uma conta na instituição e conseguiram três empréstimos, entre 2022 e 2023, totalizando R$ 291 mil. No entanto, a dívida não foi quitada e o Santander acionou o filho do ex-presidente judicialmente. Em fevereiro, a Justiça determinou que Jair Renan pagasse a dívida ao banco, que estava em R$ 360 mil.
Além disso, segundo o Ministério Público, eles ocultaram valores obtidos ilegalmente, usando uma pessoa fictícia chamada Antônio Amâncio Alves Mandarri para abrir empresas e movimentar o dinheiro.
Segundo MPDFT, os dois “ocultaram ou dissimularam a natureza, origem, movimentação ou propriedade de bens, direitos e valores de origem criminosa, proveniente, direta ou indiretamente, da prática de crimes de falsidade ideológica, estelionato e falsificação de documentos públicos e particulares”.
A Polícia Civil do DF apresentou o relatório final da investigação em fevereiro, indiciando Jair Renan e Maciel Alves pelos mesmos crimes. Em agosto de 2023, ambos foram alvos de mandados de busca e apreensão no âmbito da investigação.
Após intimação, Jair Renan e Maciel Carvalho terão 10 dias para apresentar a defesa, conforme determinado pela Justiça.