Jovem é preso em Portugal por ordenar massacres no Brasil

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Um jovem português de 17 anos foi preso na noite do último dia 2 de maio, na cidade de Santa Maria da Feira, em Portugal, por ter ordenado crimes de ódio e planejados ataques no Brasil, que resultaram na morte da estudante Giovanna Bezerra, de 17 anos, em 23 de outubro de 2023, na Escola Estadual Sapopemba, em São Paulo (SP).

De acordo com a Polícia Judiciária (PJ) – autoridade policial em Portugal -, o jovem é simpatizante e disseminador de ideias nazistas nas redes sociais, especialmente no Discord, onde teria orquestrado pelo menos quatro ataques que deveriam ocorrer no Brasil.

Dos quatro massacres planejados, a polícia conseguiu impedir que três acontecessem de fato. Eles seriam praticados em escolas e contra um morador de rua, e deveriam ser filmados e transmitidos na internet através da mesma plataforma onde eram orquestrados.

A PJ, em nota, disse que a Polícia Federal também contribuiu com as investigações no Brasil, que contaram ainda com a colaboração da rede social usada para divulgar e arquitetar os crimes de ódio.

Em Portugal, apesar de a maioridade civil ser de 18 anos, como no Brasil, a maioridade penal é atingida aos 16. Por isso, a prisão preventiva foi mantida pela justiça portuguesa, que aponta o jovem como o mentor intelectual do assassinato de Giovana Bezerra, o que deve colocá-lo no banco dos réus pelo homicidio dela e por outros 11 crimes.

A PJ disse que através do Discord ele orientava e dava conselhos voltados à preparação e prática dos crimes, sendo que um desses foi o da Escola Estadual Sapopemba, onde além da morte de uma morte, outros dois jovens acabaram feridos.

Relembre o ataque

A estudante Giovanna Bezerra, de 17 anos, morreu em ataque planejado pelo jovem português –

Na manhã do dia 23 de outubro de 2023, um jovem estudante de 16 anos invadiu a Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, e atirou contra ao menos três colegas.

Duas das vítimas foram socorridas e salvas, no entanto, Giovanna Bezerra, de 17 anos, que chegou a ser levada em um helicóptero da Polícia Militar ao Hospital das Clínicas, não resistiu e morreu.

O atirador utilizou a arma do pai, que três dias depois foi indiciado pela Polícia Civil do Estado de São Paulo pelos crimes de posse irregular de arma de uso permitido e omissão de cautela, por não prestar os cuidados devidos para evitar que o menor tivesse acesso à arma.

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