Um homem morreu após ser atingido no pescoço pela ponta de um fuzil de um policial militar, na manhã de domingo (25). O caso aconteceu após o homem, de 21 anos, desobedecer a ordem de parada dos agentes da PM, na Vila Penteado, Zona Norte de São Paulo.

A Polícia Militar realizava uma operação de apreensão de veículos, próximo à Av. Claudio Giarelli, onde acontecia um “Baile Funk”, quando a motocicleta pilotada pelo jovem e um segundo ocupante na garupa, ambos sem capacete, avançaram em direção aos policiais.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o policial militar também ficou ferido no rosto, mas passou por atendimento médico no local. Conforme consta no Boletim de Ocorrência, o PM ainda afirma que “ficou brevemente desorientado e que não percebeu se infligiu algum ferimento nos ocupantes da moto no momento do breve choque e afirma não ter efetuado nenhum disparo”.

O homem conseguiu escapar do bloqueio policial, mas foi localizado caído no chão, posteriormente. De acordo com populares que presenciaram o ocorrido, o jovem, identificado como Matheus de Menezes Simões, teria possivelmente se chocado contra um veículo que estava estacionado na via, metros à frente do local do choque com a equipe policial. Ele foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos devido a lesão no pescoço, e morreu no local.

O outro ocupante e a motocicleta de modelo Honda/CG 160 START, na cor vermelha, não foram localizados. Posteriormente, o avô de Matheus apresentou a documentação da moto, mas não soube dizer acerca do paradeiro do veículo. Os fatos seguem sendo investigados pelo 45º DP.

“Exames periciais foram solicitados ao IC e IML e o caso, registrado como morte suspeita (morte acidental), desobediência, localização e apreensão de objeto, bem como localização, apreensão e entrega de veículo no 72º DP”, afirmou a pasta nesta segunda-feira (26).

Nas redes sociais de Matheus, conhecidos prestaram suas homenagens e condolências ao jovem.

Procurada pela CNN, a Polícia Militar informou que as informações seriam cedidas pela SSP-SP, que confirmou que a PM também apura a ocorrência por meio de um Inquérito Policial Militar (IPM).