La Niña atrasa e pode haver mais chuva no Brasil; entenda

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Foto: Unsplash

Novas previsões climáticas mostram a possibilidade de atrasos na ocorrência do fenômeno La Niña, anteriormente projetado para ter início em setembro deste ano. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAAA) ainda indica a possível atuação da La Niña, mas outros fenômenos climáticos estão influenciando as condições de chuva no Brasil, como a Oscilação de Madden-Julian (MJO) e o Global Atmospheric Angular Momentum (GLAAM).

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Conforme explica a Climatempo, a Oscilação de Madden-Julian (MJO), que circula pelo planeta e influencia a formação de nuvens e tempestades, está se deslocando do Sudeste Asiático em direção ao Oceano Pacífico.

Isso trará mais umidade para as regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil nas próximas semanas, beneficiando estados como Mato Grosso e Goiás, que enfrentam longos períodos de seca. Com essa mudança, as chuvas devem ocorrer de forma mais frequente e intensa, aliviando a estiagem em áreas críticas.

Outro fator relevante é o Global Atmospheric Angular Momentum (momento angular atmosférico global), que mede a rotação da atmosfera ao redor do globo. A previsão é de um pico no GLAAM em sua fase positiva, o que implica ventos mais fortes em grandes altitudes, conhecidos como correntes de jato.

Esses ventos ajudam a movimentar os sistemas climáticos e intensificar as chuvas no Hemisfério Sul. No entanto, o fortalecimento do vórtice polar antártico, localizado sobre a Antártica, pode confinar o ar frio e reduzir a possibilidade de ondas de frio intenso no Brasil.

A combinação desses fenômenos, especialmente a MJO e o GLAAM, tem retardado o resfriamento das águas do Pacífico, o que pode atrasar ou suavizar a La Niña. Ainda assim, meteorologistas não descartam a ocorrência do fenômeno, embora ele seja esperado com menor intensidade e curta duração.

Nas próximas semanas, as chuvas devem se intensificar no Centro-Oeste, Sudeste e Norte do Brasil, com maior incidência em estados que enfrentam seca prolongada, como Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. O aumento da umidade e os ventos rápidos favorecem a formação de sistemas de baixa pressão, o que amplia as chances de chuvas volumosas nessas regiões.

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