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O Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Espírito Santo (Lacen/ES) iniciou a implementação de uma nova tecnologia ao Sistema Único de Saúde (SUS) capixaba que auxilia na detecção da carga viral do Papilomavírus Humano (HPV), que está associado ao desenvolvimento da quase totalidade dos cânceres de colo de útero. O processo acontece por meio de testes moleculares para a detecção de HPV oncogênico pelo exame PCR.
O objetivo com a utilização da nova tecnologia é ampliar o rastreamento do câncer do colo de útero no Espírito Santo, prevenindo a doença com a sua detecção em tempo oportuno.
No Estado, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de colo de útero tem uma estimativa de 260 novos casos/ano. Além disso, tem a maior taxa de mortalidade da região sudeste, com uma média de 5,12 óbitos em 100 mil habitantes, sendo a taxa do Brasil de 4,51.
De acordo com a médica patologista do Lacen/ES, Ana Maria Gonçalves Cruz, responsável pela pesquisa, a alta taxa de mortalidade no Estado comparada à região sudeste e à média nacional, chamou atenção dos profissionais do laboratório e suscitou os trabalhos para a utilização da nova tecnologia. “Acredito que o uso de PCR em tempo real para detecção do HPV, junto com a citologia, pode melhorar a acuidade do rastreio do câncer do colo uterino e, consequentemente, a prevenção da doença e o tratamento precoce”, disse.
As pesquisas começaram ainda em fevereiro de 2023, na Unidade de Monitoramento Externo da Qualidade em Colpocitologia, do Laboratório Central. Os trabalhos são comandados pela médica patologista Ana Maria Gonçalves Cruz com as biólogas Débora Dalvi e Pamela Ribeiro. “A partir disso, passamos a nos reunir com a Vigilância, a Atenção Primária e demais setores da Sesa para discutirmos estratégias para redução e prevenção. Em dezembro apresentamos a proposta oficial para a implementação do uso do PCR como complementar às tecnologias que já usávamos”, contou a médica.
Com a aquisição, por parte da Secretaria da Saúde (Sesa), dos kits para testagem, o Lacen iniciou os processos no mês de setembro, com a definição estratégica dos municípios da Região Sul de Saúde, que entre as quatro regiões de saúde capixabas apresenta a maior taxa de mortalidade pelo câncer de colo de útero, com incidência de 7,29 mortes por 100 mil habitantes.
“Já havia no Brasil projetos pilotos iniciados, como em Pernambuco e em São Paulo, mas no Espírito Santo podemos destacar o pioneirismo da utilização da nova tecnologia em uma população-alvo de mortalidade elevada, em conjunto com método de citologia”, complementou Ana Maria Gonçalves Cruz.
Ainda segundo a médica, o uso da tecnologia para testes de detecção de DNA de HPV vai ao encontro das políticas globais, recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como método de triagem de mulheres a partir dos 30 anos, a fim de garantir a eliminação do câncer de colo de útero. Recentemente, o Ministério da Saúde também incorporou a metodologia de rastreamento como política pública ao SUS, seguindo a Portaria SECTICS/MS Nº3, de 7 de março de 2024.
Como funciona a testagem
Os testes moleculares de HPV detectam a presença de DNA dos tipos mais frequentemente encontrados no câncer do colo do útero. Isso não significa que vai desenvolver a doença, mas aponta para à estratégia de saúde os cuidados que a mulher deve seguir, como a indicação para investigação dos casos por outros métodos complementares, utilizando a citologia ou a biopsia, por exemplo, par confirmação ou negativação.
A utilização desses métodos tem como objetivo principal realizar o rastreamento de forma a detectar mais precocemente, lesões precursoras e o câncer inicial. Por se tratar de uma nova política implementada pelo Ministério da Saúde, cuja efetivação aos estados brasileiros data 180 dias desde a publicação da portaria pelo órgão federal, aguarda-se a publicação do protocolo a ser seguido.
A escolha da Região Sul de Saúde
Para este primeiro momento, o Lacen/ES definiu a região Sul de Saúde para receber o projeto. A escolha da região se deu devido à alta taxa de mortalidade pelo câncer de colo do útero quando comparada às demais regiões de saúde, à média estadual e também à média nacional.
As testagens acontecem com apoio da Superintendência Regional Sul de Saúde e dos 26 municípios que a compõem, e atenderão em torno de 25 mil mulheres acima de 30 anos que vivem na região.
Inicialmente, a estratégia priorizou os cinco municípios com maiores taxas de mortalidade pela doença para triagem primária com busca ativa de mulheres de 30 a 80 anos. Essas realizarão o exame citopatológico e de HPV. Os municípios selecionados foram: Bom Jesus do Norte, Iconha, Mimoso do Sul, Presidente Kennedy e Vargem Alta.
Os demais municípios também participarão, com triagem secundária, direcionando o exame de HPV às mulheres que tiverem o resultado do citopatológico alterado.
Para a superintendente da Regional Sul de Saúde, Samilla Figueira, a inclusão dessa tecnologia no escopo de procedimentos oferecidos pelo SUS na região auxiliará na melhoria dos números e indicadores. “Acreditamos na mudança do nosso cenário em relação ao câncer de colo de útero e na otimização dos serviços prestados à nossa população, e sabemos que a parceria com o Lacen é fundamental nesse processo”, destacou.
A fim de preparar os profissionais de saúde para atuarem nessa estratégia para realização da triagem, a Superintendência promoveu o treinamento “Enfrentando o câncer de colo de útero na região sul do Espírito Santo”, que aconteceu de forma on-line e envolveu 168 médicos e enfermeiros dos 26 municípios, na região.