No mundo atual, a percepção das dificuldades não pode mais se dissociar do remanejamento dos quadros funcionais.
Pensando mais a longo prazo, a percepção das dificuldades possibilita uma melhor visão global dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

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Assim mesmo, a complexidade dos estudos efetuados ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

Lula destaca atuação de Haddad e defende o ministro de críticas da classe política

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Inaugurando a nova política de comunicação do governo com a imprensa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi enfático ao afirmar que é contra o envio de novas medidas fiscais. Durante sua fala, o presidente destacou o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, além de reforçar o protagonismo do petista, ao anunciar, nesta quarta-feira (29/1), a nova versão do crédito consignado – medida estratégica para melhorar a popularidade do governo.

“Não tem outra medida fiscal. Se durante o ano apresentarmos a necessidade de fazer alguma coisa, nós vamos reunir o governo e discutir. Mas posso dizer que se depender de mim, não tem outra medida fiscal. O que temos agora é continuar mantendo a estabilidade fiscal deste país e sem fazer com que o povo pobre pague o preço de alguma irresponsabilidade de um corte fiscal desnecessário”, disse o presidente. Ele também relativizou o registro de déficit primário de 0,1% do PIB ao dizer que “0,1% é zero. E vai ser assim. Tenho muita responsabilidade”, disse.

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Esse número, porém, não considera as despesas com o Rio Grande do Sul (RS) que, se incorporadas para o resultado primário, o déficit seria de quase 0,4%. Esse dado, ainda que não seja o considerado para a meta, é o que afeta a dívida pública.

Lula defendeu a imagem de Haddad no governo em diferentes momentos de sua fala durante a coletiva. “As pessoas que passaram o ano inteiro falando do famoso déficit fiscal deviam pedir desculpa ao Haddad”, disse. Em uma referência direta ao presidente do PSD, Gilberto Kassab, Lula disse que o líder partidário foi “muito injusto” com o ministro da Fazenda.

O presidente ressaltou dar pouca importância às pesquisas de popularidade em queda e afirmou ter paciência para que o governo “colha” o que foi plantado em cada área. Segundo Lula, as principais sementes já foram plantadas e agora é preciso esperar os frutos. Ele rebateu as críticas de Gilberto Kassab, e do dirigente do Republicanos, Marcos Pereira, que pleiteiam mais espaço na Esplanada.

Com alianças para 2026 sendo costuradas, o petista disse considerar que ainda é cedo para discutir as próximas eleições e rechaçou fala de Kassab de que, se as eleições fossem hoje, Lula sairia derrotado. “Eu fiquei muito despreocupado, porque hoje não tem eleição. Então eu estou tranquilo”, afirmou.

Lula destacou que seu foco agora é fazer com que 2025 “seja o ano da melhor colheita possível”, e que os apoios para a eleição de 2026 serão discutidos em 2026.

Após o primeiro anúncio do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) sob a presidência de Gabriel Galípolo, Lula foi questionado sobre a decisão desta quarta-feira (29/1) de aumentar a taxa Selic. Diferentemente do tom que costumava comentar as decisões do comitê sob a presidência de Roberto Campos Neto, Lula disse que Galípolo tem sua confiança e afirmou não esperar “milagres”. O petista afirmou que seu indicado fez aquilo que deveria fazer. Ao dizer que o presidente do BC não pode “dar um cavalo de pau”, Lula indicou que tem confiança de que o novo dirigente irá criar as condições necessárias para reduzir a taxa de juros, mas demonstrou calma e paciência.

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Sobre a reforma do Imposto de Renda, que buscará a isenção para a faixa de até R$ 5 mil, Lula afirmou que se reuniu também nesta quarta-feira (29/1) com Haddad para discutir ajustes relativos à compensação e que o projeto deve ser enviado em breve.

O presidente evitou dar dicas sobre quais mudanças planeja realizar na Esplanada na reforma ministerial em curso neste início de ano. Ao ser questionado sobre possível ida de Gleisi Hoffmann para a Secretaria-Geral da Presidência, disse que ainda não conversou com a presidente do PT, mas que a considera “um excelente quadro”.

A entrevista coletiva, rara durante os primeiros dois anos de governo, é uma forma de Lula tentar se aproximar da imprensa e comunicar melhor os feitos do governo. Por diversas vezes o presidente afirmou que pretende realizar mais conversas com os jornalistas e responder diretamente às perguntas.

O episódio evidenciou a nova era na comunicação do governo, após o ministro Sidônio Palmeira assumir a pasta. Apesar das constantes falas sobre despreocupação com as pesquisas que demonstram queda de popularidade, Lula sentiu a necessidade de calibrar as táticas de comunicação com vistas às eleições de 2026.

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