No mundo atual, a percepção das dificuldades não pode mais se dissociar do remanejamento dos quadros funcionais.
Pensando mais a longo prazo, a percepção das dificuldades possibilita uma melhor visão global dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

pensamento do dia

Assim mesmo, a complexidade dos estudos efetuados ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

Ministério da Fazenda quer limitar desoneração da folha salarial para Municípios com até 50 mil habitantes

Spread the love

O Governo Federal prepara uma nova proposta de desoneração da folha salarial para os municípios que hoje tem alíquota previdenciária reduzida de 20% para 8%. As lideranças municipalistas lutam para o benefício continuar em vigência até dezembro de 2027.

A ideia do Ministério da Fazenda é que a desoneração seja mantida apenas para os municípios com até 50 mil habitantes – atualmente, a norma contempla as cidades com até 156 mil moradores.

O projeto incorporaria, ainda, outro critério: além do número de habitantes, seriam beneficiados apenas os municípios com receita corrente líquida per capita de até R$ 3,9 mil. Dos 184 municípios do Ceará, 147 tem até 50 mil habitantes.

MUNICÍPIOS BENEFICIADOS: 2.500

Se prevalecerem essas condições, de acordo com o Governo Federal, 2.500 municípios estariam enquadrados nas regras para a desoneração salarial. Hoje, segundo a CNM (Confederação Nacional de Municípios), a redução da alíquota previdenciária abrange 5.367 cidades, sendo 179 no Ceará.

A CNM estima que, com a alíquota de 8% sobre a folha de salários, os municípios economizarão, em 2024, R$ 11 bilhões. Os cálculos apontam que, para as cidades do Ceará, essa economia supera os R$ 700 milhões.

O Governo Federal quer, com as mudanças nas regras da desoneração, diminuir o impacto no caixa da previdência social e tenta, ao mesmo tempo, fazer um agrado aos prefeitos: instituir um Refis para renegociação das dívidas dos Municípios com o INSS.

Ao invés da alíquota de 8%, a proposta do Ministério da Fazenda, como antecipou o Jornal O Estado de São Paulo, é que a contribuição ao INSS começará em 14% e subirá, de maneira gradual, em 2 pontos porcentuais por ano, até o fim do programa, em 2027. Se prevalecer essa regra, o impacto fiscal estimado para 2024 é de R$ 4 bilhões.

MOVIMENTAÇÃO E PRESSÃO

O Governo Federal editou no final de dezembro de 2023 uma Medida Provisória para derrubar a desoneração fiscal para os municípios e, também, para empresas de 17 setores da economia. Lideranças empresarias fizeram pressões e o Ministério da Fazenda recuou, mas excluiu os municípios do benefício.

A decisão do Governo Federal levou os prefeitos a se mobilizarem na defesa da manutenção da desoneração da folha salarial. Os prefeitos se reuniram, em Brasília, no dia 6 de março, receberam a garantia do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que a desoneração vai continuar.

As lideranças municipalistas farão, no dia 2 de abril, uma nova mobilização em Brasília para cobrar ao Governo, aos deputados federais e senadores que seja mantido o benefício como medida para os municípios ganharem fôlego financeiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *