No mundo atual, a percepção das dificuldades não pode mais se dissociar do remanejamento dos quadros funcionais.
Pensando mais a longo prazo, a percepção das dificuldades possibilita uma melhor visão global dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

pensamento do dia

Assim mesmo, a complexidade dos estudos efetuados ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

Mulheres criam comunidades para gerar conexões, inspirar e se fortalecer

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Conquistar a equidade de gênero ainda é um desafio enfrentado pela sociedade no mundo inteiro. As oportunidades para ocupar espaços, ter seu trabalho reconhecido e celebrado são mais desafiadoras para as mulheres, assim aponta o relatório “Global Gender Gap Report”, do Fórum Econômico Mundial, que projeta uma distância de 134 anos – cerca de cinco gerações – para atingir a paridade de gênero.  

No Brasil, as mulheres são responsáveis pela renda de quase metade das famílias brasileiras, segundo dados do IBGE. Carregando esse compromisso, elas são maioria entre quem encontra no empreendedorismo um meio de obter autonomia financeira e conquistar um lugar no mercado de trabalho. De acordo com a pesquisa Monitor Global de Empreendedorismo 2023 (Global Entrepreneurship Monitor – GEM), elas representam 54,6% dos dos 47,7 milhões de empreendedores com intenção de entrar no mercado até 2026. 

Diante desse cenário, o YouTube tem sido uma ferramenta poderosa para impulsionar os negócios do empreendedorismo feminino. Por meio da plataforma, criadoras de conteúdo inspiram milhões de outras mulheres a ampliar suas vozes, ocupar mais espaços, ter orgulho de suas origens, criar negócios que sustentam famílias e a gerar conexões umas com as outras.

Capacitar e inspirar empreendedores

Após testemunhar na infância a falência de sua mãe por três vezes, a baiana Flávia Paixão decidiu buscar conhecimento no universo empresarial. A história familiar, que poderia ser motivo de apreensão para se aventurar, se tornou combustível de desenvolvimento. Flávia se formou em Administração e Gestão de Negócios, fez intercâmbio para estudar inglês e Gestão de Projetos, concluiu MBA em Marketing Digital e Empreendedorismo e, por fim, se especializou em Gestão Integrada. Ao longo dos anos, ela trabalhou com inovação de negócios, consultorias e treinamentos para grandes projetos voltados ao fomento do empreendedorismo.

Até que em 2018, após ter acumulado toda essa bagagem, Flávia deu início a um novo capítulo de sua jornada ao criar o canal Empreender com Paixão no YouTube. Ele tem como objetivo profissionalizar pequenos empreendedores, norteando quem está começando, mas também apresentando informações de gestão de seus negócios para quem deseja se aprimorar.

Flávia acredita que a plataforma é essencial na “economia da paixão”, onde as pessoas podem transformar suas paixões em negócios. No Brasil, a falta de formação empreendedora e de gestão financeira é uma das principais causas de falências. Quero ajudar as pessoas a empreender sua paixão… e com paixão”, afirma Flávia. Assim como Flávia, 79% dos criadores que ganham dinheiro com o YouTube reconhecem que a plataforma teve um impacto positivo em suas metas profissionais, aponta o Relatório de Impacto do YouTube de 2022 realizado pela Oxford Economics.

Para ela, o conteúdo que cria visa ajudar as pessoas a buscar aprendizado, capacitação e a empreender com disciplina. A comunidade dela é um testemunho do impacto positivo que sua visão e estratégia têm gerado. A criadora de conteúdo reforça a importância do empreendedorismo e do poder transformador dele, e apresenta em seu canal vídeos sobre os desafios de empreender – incluindo conhecimentos em áreas como marketing e finanças, sempre apresentando situações reais como exemplo. 

“Depois da saída de uma relação societária, segui com o projeto de forma independente e estar no YouTube foi encorajador. Disseram que seria difícil ter sucesso em um ambiente empresarial ainda dominado por homens, mas na plataforma encontrei o espaço perfeito para compartilhar estratégias de negócios, inspirar e gerar impacto, sempre com leveza e um tempero especial: o dendê e a alegria da Bahia”, conta Flávia. 

Ela também é fundadora da edtech Empreender Com Paixão, em que cria, roteiriza e produz conteúdos com dicas financeiras, tutoriais em ferramentas de negócios e precificação de produtos. Os vídeos publicados em seu canal no YouTube são vitrine para que empresas encontrem e contratem Flávia para dividir seu conhecimento em eventos corporativos e palestras.

Com toda a visibilidade alcançada, Flávia vem conquistando mais espaços para apresentar seu conhecimento, tornando-se uma das empresárias que estão mudando o perfil dos pequenos negócios no Brasil e estimulando outras mulheres a apostar em seus sonhos com mais conhecimento e disciplina. 

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Rede de apoio e criação de comunidades

No YouTube, diferentes vozes encontram um amplo espaço de expressão, e as brasileiras têm usado a plataforma para criar e desenvolver seus canais, compartilhando conhecimentos, visões de mundo, sonhos, desafios e conquistas.

Mulheres na política? Tem no YouTube. Mulheres cientistas? Tem no YouTube. Mulheres caminhoneiras? Tem no YouTube. A plataforma é espaço para a diversidade, o empoderamento, o compartilhamento de paixões e apoio mútuo; por meio das comunidades, criadoras e espectadoras podem, juntas, construir redes de apoio que se fortalecem com trocas constantes. 

Para além de oportunidades de carreira, o YouTube também é espaço de expressão e reafirmação. Esse é o caso de Lorena Eltz, criadora de conteúdo da plataforma há dez anos e que encontrou nela uma rede de apoio e uma comunidade engajada ao compartilhar seu cotidiano convivendo com a doença de Crohn. No início, a condição autoimune gerou em Lorena um sentimento de isolamento, mas, posteriormente, a encorajou a compartilhar em seu canal homônimo um pouco sobre a sua rotina, dividindo assim suas experiências, conquistas e desafios.

Eu mostro nos meus vídeos uma luta minha em busca de ficar bem, da minha saúde, e as pessoas conseguem se identificar com isso. Recebo muito feedback de quem conseguiu se identificar com uma pessoa real que mostra a dificuldade do caminho“, afirma Lorena. A percepção de Lorena é reafirmada por outros 87% dos criadores, que concordam em querer usar a influência que encontraram no YouTube para causar um impacto positivo na sociedade, e por 91% das criadoras que concordam que o YouTube as ajuda a compartilhar suas paixões e ideias. Os dados também são do Relatório de Impacto do YouTube de 2022 realizado pela Oxford Economics.

O que começou como um diário pessoal logo se tornou um espaço de vulnerabilidade, autenticidade e acolhimento não só para ela, mas para milhares de pessoas – pacientes, familiares e profissionais da saúde – que se identificam com sua história e construíram, juntos, uma grande comunidade. Hoje, o canal de Lorena conta com mais de 600 mil inscritos. Fora dali, ela compartilha seus talentos realizando cursos e workshops. 

Construir minha comunidade no YouTube foi essencial para a minha vida. Sem os vlogs, os vídeos, eu não teria chegado até aqui. Foi por meio dessa troca que encontrei apoio para me aceitar com a ostomia [procedimento cirúrgico para exteriorizar parte do sistema digestório] e recebi força para compartilhar minha jornada com o Crohn. O meu canal no YouTube é uma troca mútua, do mesmo jeito que recebo um carinho forte da comunidade sinto que consigo alcançar as pessoas certas, que também se sentem acolhidas com meus vídeos”, afirma Lorena.

Assim como Flávia e Lorena, muitas outras mulheres fizeram do YouTube um caminho de amplificação de suas vozes e comunidades. Conheça essas e outras histórias de impacto no relatório “Impulsos criativos e efeitos transformadores: o impacto do YouTube na cultura, na sociedade e na economia do Brasil 2024”.

Substantivo Feminino, conversas potentes e transformadoras

O YouTube contribui para o empoderamento das brasileiras ampliando vozes, incentivando autonomia e independência, e também fomentando um espaço de conscientização e mobilização. A plataforma é um lugar para discutir temas como feminismo, violência de gênero, direitos reprodutivos e representatividade política, contribuindo para a conscientização da sociedade sobre essas questões. Abordando temas complexos de forma clara e acessível, as criadoras de conteúdo contribuem para a quebra de barreiras  e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Além disso, também propõe a reflexão sobre gênero por meio do Substantivo Feminino, projeto que tem como objetivo gerar conversas sobre equidade de gênero e temas relevantes da sociedade. Entre as ações já realizadas pela iniciativa estão o videocast “Substantivo Feminino”, apresentado por Ana Fontes, com duas temporadas que contam com participações de convidadas representantes do poder público, privado, sociedade civil e criadoras. A iniciativa é uma parceria com a Rede Mulher Empreendedora, InternetLab e Gênero e Número. “É fundamental ter um videocast sobre temas tão sensíveis com profundidade e essenciais para que tenhamos uma sociedade mais inclusiva e mais justa para as mulheres e todas as pessoas.”, afirma Ana Fontes.

“Todos os dias, milhões de pessoas acessam o YouTube para se informar, se inspirar ou apenas se divertir. As mulheres são uma parte fundamental da nossa plataforma, cuja missão é dar voz a todas as pessoas e mostrar o mundo a elas. São mulheres que encontram no YouTube uma ferramenta de expressão, de acesso à informação, uma fonte de receita ou mesmo um espaço para compartilharem suas paixões”, diz Alana Rizzo, líder de Políticas Públicas do YouTube.

Mais iniciativas do YouTube para o combate à violência contra as mulheres

Desde Novembro de 2024, quem realiza buscas no YouTube sobre violência doméstica ou contra mulher vê como resultado um painel informativo sobre o 180 – o canal nacional de denúncias de violência contra a mulher.

A plataforma também lançou a mais recente edição da “Cartilha para o enfrentamento da violência política de gênero e raça”, guia desenvolvido em parceria com InternetLab e pelo Redes Cordiais. O material tem como foco as eleições municipais do ano passado e aborda violência política de gênero e raça como fenômeno social que precisa ser encarado mais amplamente, o que inclui a identificação e apoio das principais vítimas, disseminação dos canais de denúncia e fortalecimento dos marcos normativos.

Também em parceria com InternetLab e Redes Cordiais foi lançado também o “Guia para Influenciadores digitais nas eleições”, que apresenta princípios que os influenciadores digitais devem seguir, além de uma caixa de ferramentas com possíveis perguntas e respostas que podem surgir durante o período eleitoral, e informações atualizadas sobre temas como desinformação, censura, violência política e proteção de dados.

“Compreender e enfrentar a violência contra as mulheres, online e offline, é uma tarefa coletiva. Iniciativas como Substantivo Feminino e os Guias em parceria com Redes Cordiais, possibilitam o compartilhamento de conhecimento sobre como opera a violência de gênero, como evitar a amplificação de conteúdos ofensivos e como combater o discurso de ódio. Essas iniciativas viabilizam a conexão entre atores de diferentes áreas, evidenciando que a transformação social só é possível com essas profundas articulações, que fortalecem e ampliam o alcance do enfrentamento à violência de gênero”, afirma Clarice Tavares, coordenadora de pesquisa do InternetLab.

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