“Não teve como escapar”, diz um dos 6 homens atropelados por motorista bêbado no DF

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Os seis homens, seis ciclistas e um pedestre, atropelados por Allan das Chagas Araújo, de 32 anos, na última sexta-feira (5) haviam acabado de deixar uma churrascaria em que trabalham quando foram pegos pelo carro.

Quatro deles, Erlano Giovanni, Hebert Geovane, Henrique Ribeiro, Adriano de Jesus, receberam alta hospitalar; um, Antônio Carlos Rodrigues, de 30 anos, segue em estado grave no no Hospital de Base e não tem previsão de alta. Fagner da Silva Pinto também estava com o grupo e foi o único que não se machucou.

Allan das Chagas Araújo  foi preso em flagrante no momento do acidente. No domingo (7), a Justiça do DF manteve a prisão preventiva do motorista,”pela garantia da ordem pública, além de visar impedir a prática de outros delitos”, decidiu o juiz Bruno Aielo Macacari.

Nesta segunda (8), as vítimas prestaram depoimento à PCDF e o delegado-chefe da 3ª DP, Victor Dan, falou à imprensa.

“Estamos analisando a dinâmica dos fato, principalmente em relação às circunstâncias [do ocorrido], como velocidade do veículo. Também queremos saber se ele tentou fugir. Pedimos imagens de câmeras de segurança a alguns órgãos, para que elas possam nos ajudar a elucidar as causas [do acidente], disse o delegado. E continua: “Temos informações de que ele estava com a CNH [Carteira Nacional de Habilitação] vencida.

O atropelamento aconteceu no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). O grupo passava pela faixa de pedestre, quando um carro atravessou a pista e os atingiu, na altura do Atacadão. No momento do acidente, duas das vítimas foram encaminhadas ao hospital em estado grave. De acordo com a PMDF, o motorista ainda tentou fugir do local. Ao ser abordado, recusou-se a fazer o teste do bafômetro e foi detido. Na delegacia, foi constatada a embriaguez dele. Em depoimento, Allan permaneceu em silêncio.

Uma das vítimas, Erlano Giovanni, de 25 anos, estava em seu primeiro dia de trabalho e, após sair do emprego, seguia junto aos colegas para o alojamento onde todos eles moram. Ele sofreu uma fratura na face, está com muitos arranhões pelo corpo e dores no peito, costas e ombro.

“A gente se assustou com a alta velocidade do carro e com o barulho. Quando a gente viu já não teve mais como escapar”, diz Erlano.

Outro trabalhador atropelado, Hebert Geovane, trabalha há um ano e meio como garçom no mesmo restaurante. Ele usa a bicicleta todos os dias para ir ao trabalho. Hebert fraturou o braço e levou pontos na cabeça, talvez precise realizar uma cirurgia.

Contra Allan, consta outra condenação por atropelamento seguido de morte da vítima. Em 2012, ele foi condenado por atropelar e matar Henrique Ferreira de Souza, na BR-020, em Sobradinho, no DF. Allan também estava embriagado e dirigia em alta velocidade quando atingiu a vítima.

 

 

 

 

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