No mundo atual, a percepção das dificuldades não pode mais se dissociar do remanejamento dos quadros funcionais.
Pensando mais a longo prazo, a percepção das dificuldades possibilita uma melhor visão global dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

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Assim mesmo, a complexidade dos estudos efetuados ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

Nova cultivar de amora da Embrapa aumenta eficiência da colheita em 30%

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Foto: Rodrigo Franzon /Embrapa

A Embrapa acaba de desenvolver a sua terceira amoreira-preta sem espinhos, a BRS Karajá.

A nova cultivar traz, entre as vantagens, o aumento da eficiência da colheita e na poda em, no mínimo, 30% em relação às cultivares com espinhos.

Além disso, diminui o tempo necessário para realizar os tratos culturais e aumenta a disponibilidade de mão de obra para o manejo da cultura. Além disso, o seu fruto tem sabor menos amargo.

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Amora é menos amarga

Foto: Luis Eduardo Antunes/Embrapa

A coordenadora do programa de melhoramento genético em amoreira-preta, a pesquisadora da Embrapa Clima Temperado (RS) Maria do Carmo Bassols Raseira, conta que há uma economia no tempo dos tratos culturais, como condução, poda e colheita.

“A BRS Karajá se destaca também pela acidez e amargor inferiores aos das frutas das cultivares sem espinhos anteriormente lançadas, o que lhe confere mais um atrativo ao mercado e a difere da cultivar BRS Xavante”, compara.

A nova amora é indicada para congelamento, processamento ou consumo fresco. A pesquisadora relata que o mercado de frutas da amoreira para fins industriais ainda é o mais procurado. Segundo ela, as demais cultivares lançadas sem espinhos apresentavam frutos de sabor amargo marcante.

“Já a Karajá tem baixo amargor”, pontua Raseira. A denominação da BRS Karajá segue a tradição de identificar as cultivares de amoreira-preta com nomes de povos indígenas em homenagem aos primeiros brasileiros.

Agilidade na colheita

A princípio, o fato de não ter espinhos pode contribuir com aumento da eficiência da colheita.

“Isso implica mais qualidade da fruta que será comercializada in natura, com maior agilidade na colheita e sem danos causados pelos espinhos, necessidade de menor número de colhedores (mão de obra), possibilidade de realizar a colheita em horários mais adequados, evitando picos de calor, e menor risco de lesões aos trabalhadores”, detalha o pesquisador Carlos Augusto Posser Silveira.

Além disso, ele destaca que, embora não se tenha dados a respeito, a condução da planta e a poda também seriam facilitadas.

“Esses parâmetros de eficiência das práticas de colheita e poda são influenciados enormemente por outros fatores, como tipo de condução da planta, manejo da adubação e da irrigação, potencial de produção da cultivar, além de experiência e agilidade dos colhedores e podadores. O fato de não ter espinhos facilita, com certeza, todas as atividades fitotécnicas do pomar”, afirma Posser.

A amora no Brasil

Foto: Maria do Carmo Bassols Raseira/Embrapa

A produção de amora no país, especialmente nas regiões produtoras, dobrou nos últimos dez anos. A produção de frutas gira em torno de 15 a 20 toneladas por hectare ao ano (t/ha/ano). A área plantada também cresceu, chegando a números próximos a 1,1 mil hectares.

Os principais estados produtores de amoreira estão localizados nas regiões Sul e Sudeste, sendo eles Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo.

O melhoramento genético da amoreira-preta no Brasil começou no fim dos anos 1970 e  atualmente o País possui dez cultivares nacionais adaptadas às condições brasileiras, atendendo às necessidades do agricultor e do mercado.

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