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A convergência entre tecnologia e mobilidade tem o poder de transformar radicalmente a experiência de viajar, especialmente no contexto aeroportuário, aonde ainda se enfrentam diversas dificuldades relacionadas a filas e congestionamentos, além de processos burocráticos de segurança. Acompanhando os mais recentes avanços nesse contexto, é possível afirmar que um futuro onde o reconhecimento facial se tornará uma ferramenta onipresente nos aguarda.
Simplificando desde o processo de check-in até a entrada em salas VIP e a compra de itens nas lojas de varejo situadas dentro de aeroportos (como o duty free e similares), os projetos de implantação de sistemas de reconhecimento facial nos aeroportos tendem a ser tão ambiciosos quanto eficientes. Nesse cenário, a referência do título deste artigo à música “Sem lenço e sem Documento”, de Caetano Veloso, encontra um eco peculiar entre a liberdade desprendida de amarras materiais e as complexidades da comprovação de identidade em um mundo cada vez mais digitalizado.
Ao examinar casos emblemáticos, como as experimentações em aeroportos internacionais – como os avanços na China e na Alemanha, contrastados com a realidade dos Estados Unidos, é importante refletir sobre como o Brasil pode se posicionar nesse contexto e quais desafios e oportunidades se apresentam diante dessa inevitável transformação tecnológica. Ao acompanhar as projeções globais sobre o uso crescente da identificação biométrica e suas implicações na segurança e privacidade dos passageiros, é necessário lançar luz sobre as questões éticas, jurídicas e sociais que permeiam a adoção, em larga escala, do reconhecimento facial.
Dificuldades ainda não solucionadas
Em tempos nos quais se projetam dispositivos para serem conectados diretamente aos nossos cérebros, melhorar a experiência de passageiros e reduzir custos se faz uma aspiração ainda mais “simples” de longa data. Dentre outros fatores, as dificuldades enfrentadas pelas companhias aéreas e agências aeroportuárias podem variar de acordo com o tamanho, localização e infraestrutura de cada aeroporto.
Nesse cenário, alguns desafios comumente enfrentados pelos passageiros durante o processo de viagem incluem:
longas filas e congestionamentos em pontos de controle de segurança, balcões de check-in e imigração;
procedimentos de segurança complexos e demorados (ex.: inspeção de bagagens de mão e verificação de documentos de identidade em estágios repetitivos);
barreiras linguísticas e culturais que podem dificultar a comunicação e a compreensão entre os passageiros e os profissionais que atuam nos aeroportos;
conexões e transferências, aonde o tempo entre os voos pode ser limitado e a locomoção entre terminais ou portões de embarque diferentes pode ser complicada e demorada; e
cancelamentos, atrasos e mudanças de voos que podem causar transtornos significativos para os passageiros, especialmente quando não são comunicados de forma eficaz.
O start do PreCheck
Para solucionar alguns desses problemas, visando simplificar e agilizar os processos de embarque e despacho de bagagem, algumas tecnologias já vêm sendo adotadas no cenário internacional do setor de aviação. Nesse contexto, a implementação do Delta Digital ID durante o processo de PreCheck pela companhia aérea Delta Airlines e de iniciativas semelhantes em outras companhias aéreas nos Estados Unidos apresentaram resultados significativos em termos de redução do tempo de espera dos passageiros e da interação necessária durante as etapas prévias ao voo.
Greg Forbes, diretor-gerente de experiência em aeroportos da Delta, enfatizou que o reconhecimento facial é capaz de reduzir significativamente o tempo necessário para o despacho de bagagem, passando de mais de um minuto para cerca de 30 segundos, e agilizar a passagem pelos pontos de segurança, reduzindo de 25 segundos para, aproximadamente, 10 segundos.
Para Forbes, embora essa seja uma mudança simples, a economia de tempo é perceptível, tornando as filas visivelmente mais rápidas. Além disso, destaca-se que a identificação digital pode trazer benefícios em qualquer local onde o PreCheck esteja presente, enfatizando o potencial de melhoria na eficiência dos processos de viagem e nos mais diversos pontos de verificação.
Inovações, como a substituição de cartões de embarque e documentos de identificação por reconhecimento facial, têm o potencial de transformar a experiência dos passageiros, tornando-a mais eficiente e conveniente. Além disso, os benefícios não se limitam apenas à economia de tempo: a redução da interação física também pode contribuir para uma experiência de viagem mais segura, evitando a propagação de doenças contagiosas decorrentes da interação física.
Investimentos em alta
De acordo com um relatório recente da SITA, no qual foram pesquisadas 292 companhias aéreas e 382 aeroportos em todo o mundo, espera-se que 70% das companhias aéreas globais utilizem algum tipo de identificação biométrica até 2026.
Dentre os 90% dos aeroportos que atualmente investem nessa tecnologia, cabe destacar que a Alaska Airlines planeja investir US$ 2,5 bilhões em atualizações do setor, incluindo novas máquinas de entrega de bagagem que digitalizam a identificação do viajante e simplificam o processo de etiquetagem e entrega de bagagens em menos de 5 minutos (em comparação com os 8 minutos atualmente considerados para isso).
Embora recentemente aplicado para outros processos da aviação, o uso de softwares de reconhecimento facial como medida de segurança para entrada e saída do Estados Unidos é o que mais cresce no país. Vale dizer que esse crescimento pode ser fruto de um mandato do Congresso de 2001 (como consequência do evento de 11 de Setembro), que exigia a implementação de um sistema que identificasse, através de tecnologia biométrica, todos os viajantes que chegassem e saíssem do território americano.
O Brasil nesse cenário
É fato que a rápida expansão do uso da tecnologia biométrica pode levantar questões significativas sobre privacidade e proteção de dados ao redor do mundo. Embora esse tipo de sistema possa trazer inúmeros benefícios em termos de segurança e eficiência aos serviços aeroportuários, também pode levantar preocupações diversas quanto ao tratamento, em larga escala, de dados pessoais sensíveis (termo utilizado pela LGPD).
No cenário brasileiro, embora ainda não haja uma adoção generalizada de tecnologias de reconhecimento facial nos aeroportos, resultados coletados nas iniciativas internacionais relatadas acima podem inspirar e influenciar as autoridades e as companhias aéreas locais a considerar sua implementação. O aumento da familiaridade dos passageiros com essas práticas globais e o contínuo aprimoramento das mesmas pode contribuir para que o Brasil também siga essa tendência em direção a processos de viagem mais eficientes e digitalizados.
Para garantir a inovação do mercado e o uso dessas tecnologias para o bem, é importante que sejam estabelecidas salvaguardas robustas para garantir a proteção adequada dos dados pessoais dos indivíduos. Paralelamente, é importante que as autoridades brasileiras estejam atentas às melhores práticas internacionais e às regulamentações de proteção de dados de outros países, buscando adaptar tais padrões às necessidades e realidades locais.