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Uma nova onda de calor começou a se estabelecer no último domingo 29, trazendo ar seco e quente para várias partes do Brasil. Nesta segunda-feira 30, as temperaturas devem se elevar ainda mais, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, de acordo com as previsões do Climatempo. Esta marca a oitava onda de calor do ano, que promete dias seguidos com qualidade do ar prejudicada, alto risco de queimadas e visibilidade reduzida, resultando em um céu com aparência mais clara.
Fenômeno La Niña deve ter intensidade fraca este ano, diz climatologista
O fenômeno La Niña, se as tendências dos modelos de previsão estiverem corretas, provavelmente será fraco e talvez não se sinta os efeitos costumeiros, segundo a climatologista Francis Lacerda, do Instituto Agronômico de Pernambuco. O La Niña é marcado pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico.
De acordo com Francis, o La Niña provoca chuva no Nordeste do Brasil, e gera seca na Região Sul, em boa parte do Centro-Oeste e no Sudeste.
“O que a gente tem observado e os modelos de previsão do mundo inteiro indicam é que o La Niña este ano está atrasado, já era para estar um pouco mais avançado no tempo e a previsão é que seja uma La Niña fraca”, disse.
De acordo com Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a probabilidade do La Niña nos meses de outubro-novembro-dezembro aumenta para 60%.
Para o mês de outubro, a previsão do Inmet é quantidade de chuvas acima da média em grande parte da Região Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul do Rio de Janeiro e de Minas Gerais e deve haver volta gradual das chuvas para a parte central do país na segunda quinzena.
Quando não há presença de fenômenos atípicos, a primavera no país é marcada pelo aumento gradual das chuvas e do calor em todas as regiões, com exceção do Nordeste, onde o tempo fica seco e as temperaturas muito altas.
Já o La Niña costuma inverter essa lógica e leva muita chuva no Norte e no Nordeste, enquanto a região Sul fica mais quente e seca.