Onda de calor vai trazer clima de deserto ao Brasil, mas já tem nova frente fria no radar

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Foto: Freepik

Uma nova massa de ar quente e seco vai se estabelecer sobre o Brasil no decorrer da primeira semana de setembro. A previsão indica que a onda de calor inicie a partir de segunda-feira (2).

As ondas de calor nesta época do ano e no decorrer do mês de setembro já são comuns em grande parte do país, principalmente em áreas do Brasil Central e no Centro-Oeste. No entanto, nos últimos anos, elas têm ficado cada vez mais intensas, precoces e longas.

Desta forma, os modelos meteorológicos indicam que, desta vez, o período com os termômetros nas alturas será maior. Assim, é possível que em algumas áreas o calor ainda persista até meados da segunda quinzena do mês.

Acompanhado do calor, a expectativa é de chegada de chuva sobre a maioria destas áreas apenas entre a segunda quinzena de setembro e o início de outubro.

Onda de calor no inverno?

Foto: Divulgação Climatempo

A primavera inicia oficialmente em 22 de setembro e se estende até 21 de dezembro. A reta final do inverno vai ser marcada por muito calor no país, o que não é atípico. Assim, o período de insolação é maior no período, com radiação solar mais intensa.

De acordo com a Climatempo, com a aproximação do equinócio da primavera, o tempo vai continuar seco, ainda com condições hídricas de inverno, o que favorece o maior aquecimento do solo e do ar também. Isso tudo somado aos dias cada vez mais longos faz com o que o ar quente ganhe cada vez mais força.

Primeira frente fria de setembro

A primeira forte frente fria de setembro deve avançar apenas a partir de 19 de setembro, começando a movimentar a atmosfera e trazendo ar mais frio, reduzindo o calor em alguns estados, de acordo com Stefanie.

Porém, até lá, a maior parte do Brasil deve enfrentar dias de calor extremo com índices muito baixos de umidade do ar, similares aos de regiões desérticas, o que agrava ainda mais a situação de queimadas sobre o Brasil Central.

Alerta de baixa umidade

A umidade do ar ainda pode atingir valores em emergência – abaixo dos 12% em muitas cidades do sul de Mato Grosso, interior de São Paulo, Triângulo de Minas Gerais, centro-norte, nordeste de Mato Grosso do Sul e sul de Goiás.

Com a condição de tempo seco e a atmosfera “parada”, a concentração de poluentes também aumenta e a qualidade do ar deve ficar bem prejudicada no decorrer dos próximos dias.

Segundo a Climatempo, esta onda de calor deve ser mais forte que as duas primeiras do começo de 2024 (em março/abril e maio), em termo de duração e de temperaturas. Assim, os limiares podem extrapolar em muitas cidades, principalmente do interior do país.

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