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Os representantes do Papa Francisco na Polônia disseram neste sábado (24) que ele aceitou a renúncia de um arcebispo que foi acusado em um documentário de ignorar abuso infantil.
O documentário do canal de notícias TVN24, de 2021, alegou que o padre Andrzej Dymer, falecido naquele ano, havia abusado de crianças e que o arcebispo da diocese de Szczecin-Kamien, Andrzej Dziega, sabia do caso desde 1995, mas não tomou nenhuma atitude.
“O Santo Padre Francisco aceitou a renúncia do Arcebispo Andrzej Dziega de servir como Arcebispo Metropolita de Szczecin-Kamien”, pontua a nunciatura apostólica da Polônia, o equivalente à embaixada do Vaticano.
Um comunicado no site da arquidiocese de Szczecin-Kamien também ressalta que Dziega estava se aposentando.
Nenhuma das declarações se referia às acusações contra Dziega, que atuava como Arcebispo Metropolita de Szczecin-Kamien desde 2009.
A arquidiocese não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Dziega não foi encontrado para comentar.
A TVN24 informou no sábado que, após o documentário, Dziega demitiu Dymer de seu cargo de diretor de um instituto médico em Szczecin, no noroeste da Polônia.
A mídia polonesa informou que, em 2008, Dymer foi condenado por um tribunal religioso por abuso sexual de menores. Dymer recorreu, mas o recurso não foi atendido antes de sua morte.
Um dos países mais devotos católicos da Europa, a Polônia tem visto uma série de escândalos de abuso infantil, com a Igreja dizendo que entre 1 de julho de 2018 e 31 de dezembro de 2020 recebeu 368 denúncias sobre abuso de menores.
Segundo dados do censo de 2021, 71% da população polonesa se considera católica.
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