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Nos últimos meses, o Brasil tem testemunhado uma crescente resistência popular contra medidas governamentais percebidas como tentativas de aumentar a carga tributária e intensificar o controle social. Essa insatisfação ficou evidente em episódios recentes, como a revogação da norma de fiscalização do Pix, conhecida como o “Pix de R$ 5 mil”, e a reação contrária à tributação de prêmios de atletas olímpicos.
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Em janeiro de 2025, a Receita Federal implementou uma norma que ampliava a fiscalização sobre transações financeiras, incluindo operações via Pix acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas. A medida gerou intensa repercussão negativa e foi alvo de desinformação nas redes sociais, com alegações infundadas de que o governo planejava taxar o uso do Pix.
Embora a norma não criasse novos impostos, declarações de secretários da Receita Federal de que o órgão utilizaria os dados do Pix para cruzá-los com outras informações e identificar sonegadores contribuíram para intensificar a opinião contrária à medida.
A pressão popular e a mobilização de parlamentares levaram o governo a revogar a norma. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que seria editada uma medida provisória para reforçar que as transferências via Pix não seriam tributadas e para assegurar o sigilo bancário dos usuários.
Prêmios de atletas olímpicos e nova CPMF
Outro episódio que exemplifica a intolerância da população brasileira a novos impostos ocorreu em relação à tributação dos prêmios concedidos a atletas olímpicos. Após o sucesso dos atletas brasileiros nas Olimpíadas, houve discussões sobre a incidência de impostos nos valores recebidos como premiação. A reação pública foi imediata, com críticas à ideia de tributar aqueles que representam o país e trazem orgulho nacional. A pressão popular e a mobilização de influenciadores resultaram na isenção tributária desses prêmios, reconhecendo o mérito dos atletas e atendendo ao clamor popular.
Não foi apenas o governo Lula que enfrentou dificuldades em aumentar a fiscalização. Durante o governo de Jair Bolsonaro, uma forte mobilização social e política barrou a tentativa de recriação da chamada “nova CPMF”, um imposto que pretendia taxar operações digitais, incluindo transações bancárias e pagamentos eletrônicos.
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O então ministro da Economia, Paulo Guedes, defendia a medida como alternativa para desonerar a folha de pagamento das empresas e ampliar a base de arrecadação do governo. No entanto, a proposta enfrentou forte rejeição da sociedade civil, do Congresso Nacional e até de integrantes da própria base governista, que viam no tributo uma reedição do antigo imposto sobre movimentações financeiras, extinto em 2007 após grande insatisfação popular.
A pressão foi tão intensa que Bolsonaro precisou recuar publicamente e garantir que seu governo não criaria novos impostos, sepultando a ideia da nova CPMF. A forte reação da população, amplificada pelas redes sociais e por parlamentares contrários à medida, demonstrou que os brasileiros estavam cada vez menos dispostos a aceitar novas formas de tributação, especialmente sobre transações eletrônicas, que se tornaram um meio essencial de pagamento no país.
Esses casos ilustram um padrão recente de tentativas governamentais de implementar medidas fiscais que enfrentam forte resistência popular, resultando em recuos. Além da revogação da norma do Pix e da isenção dos prêmios dos atletas, outras iniciativas frustradas por pressão social incluem propostas de aumento de impostos sobre combustíveis e energia elétrica, que também enfrentaram oposição significativa.
A recente sequência de recuos governamentais diante da pressão popular evidencia uma mudança no comportamento da sociedade brasileira, que demonstra menor tolerância a aumentos de impostos e medidas de controle social. Além disso, reforçou a força das redes sociais como instrumento de pressão popular e demonstração de democracia, mas também como uma potente fonte de disseminação de desinformação, fatores que devem impactar ainda mais a sociedade nos próximos anos.
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Neste episódio do Pix, fica claro que a crescente pressão popular contra aumentos de impostos e medidas de controle financeiro demonstra que o Estado enfrenta dificuldades para equilibrar seus interesses fiscais com os anseios da população. O cenário atual revela um eleitorado mais vigilante e disposto a reagir contra qualquer tentativa de ampliação da carga tributária, impondo desafios tanto para o Executivo quanto para o Legislativo.
No entanto, essa tensão tende a se intensificar nos próximos anos, especialmente com a implementação da reforma tributária, que ocorrerá em fases e trará mudanças profundas na forma como os tributos são cobrados no Brasil. Além disso, o governo pretende passar, em 2025, a reforma do Imposto de Renda e sobre heranças, além da tributação de dividendos. Vamos ficar atentos aos projetos e às eventuais reações da sociedade, pois à medida que os efeitos começarem a surtir efeito no bolso dos brasileiros, é provável que novas ondas de mobilização social surjam, tornando o tema da tributação um dos mais debatidos e contestados no país nos próximos anos. Soma-se a isso.