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Três homens foram presos em flagrante pela Polícia Civil por fazerem parte de uma equipe de falsos policiais que se utilizava de uniformes, distintivos e armas para extorquir comerciantes em São Paulo.
A ação ocorrida na terça-feira (9) foi desencadeada por policiais da 5ª Delegacia Patrimônio (Investigações sobre Roubo a Bancos), que já investigavam o grupo que usava o nome da delegacia e aplicava os golpes nas proximidades do prédio sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC).
De acordo com a polícia, os criminosos chegavam até alvos potenciais, se apresentavam como agentes, usando viatura descaracterizada e credenciais da polícia. Com um falso mandado de prisão em mãos, eles levavam as vítimas até as proximidades do DEIC e ofereciam a possibilidade de pagamento para que os supostos inquéritos não avançassem para eventuais pedidos de prisão.
Ainda segundo a polícia, os agentes conseguiram identificar os suspeitos e o passo a passo dos golpes após um ataque na última semana. Na ação em questão, o grupo foi até a casa de um comerciante com o falso mandado em mãos. Na sequência, conversaram com os familiares da vítima e foram para a delegacia no carro deles, um Hyundai Creta, que pertencia à mãe do morador.
Depois de fazerem as vítimas acreditarem no que na verdade era um golpe, já perto do prédio da polícia, os suspeitos pediram um valor – não revelado pela polícia – e advertiram as vítimas que se eles entrassem no prédio, o pagamento seria cinco vezes maior. A polícia também informou que durante o diálogo, os suspeitos chegaram a sugerir a venda do carro para quitar o débito.
A ação dos suspeitos consistiu em liberar as vítimas para conversar com elas por aplicativo de mensagens e posteriormente combinar como receberiam os valores acertados. Eles também monitoraram as vítimas ao usarem um rastreador, que foi instalado no carro. A partir disso, foi feito um trabalho de investigação, que terminou na prisão dos suspeitos.
A investigação revelou também que o grupo tinha uma estrutura caracterizada pela divisão de tarefas entre os membros, possuindo núcleo de “conteiros”, responsáveis pelo recebimento de valores, “operacionais”, que executam diretamente o arrebatamento e extorsão, “planejamento” e, até mesmo, “monitoramento” constante das vítimas alvos.
O caso segue sob investigação e a polícia espera que outras vítimas formalizem denúncias semelhantes.
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