Preços da soja aumentam na semana, mas cenário externo pode reverter os ganhos

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Foto: Daniel Popov/ Canal Rural

A semana foi positiva para os preços e negócios no mercado brasileiro de soja. De segunda à quinta, houve valorização dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), mas nesta sexta os índices despencaram.

Novas altas do dólar frente ao real – além da firmeza dos prêmios – também garantiram o incremento nas cotações e o retorno dos produtores ao mercado, acelerando a comercialização.

Preços ao longo da semana

Passo Fundo (RS): subiu de R$ 132 para R$ 135

Cascavel (PR): avançou de R$ 130 para R$ 132

Rondonópolis (MT): passou de R$ 126,50 para R$ 127

Porto de Paranaguá: aumentou de R$ 139 para R$ 141

Exportação e contratos da soja

Na exportação, a movimentação melhorou principalmente na safra nova, para embarques entre abril e maio de 2025, com a presença dos compradores chineses. Os prêmios de exportação seguem firmes.

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com entrega em novembro ficaram cotados a US$ 10,48 por bushel nesta sexta-feira (26), acumulando perdas de 1,87% durante a semana. Apesar dessa queda, os últimos dias haviam sido de recuperação, com forte movimento de cobertura de posições vendidas.

Boletins indicando que o clima no final de julho e início de agosto não vai ser tão seco e quente como o indicando inicialmente deflagraram forte movimento de vendas e pressionaram as cotações.

As mais recentes previsões apontam chuvas e temperaturas amenas para os próximos dias, beneficiando as lavouras, o que encaminha uma ampla safra norte-americana.

Ao longo de toda a semana, as indicações meteorológicas eram diferentes, projetando altas temperaturas e precipitações insuficientes.

Lembrando que agosto é mês crítico para definir o tamanho da produção dos Estados Unidos. No entanto, de acordo com a consultoria Safras & Mercado, vale frisar que até o momento as lavouras se desenvolvem sem maiores problemas.

Sustentação dos contratos de soja

Foto: Pixabay

Outro fator que ajudou na sustentação dos contratos futuros foi a menor aversão ao risco no mercado financeiro. A expectativa de que os juros serão cortados a partir de setembro nos Estados Unidos ajuda as commodities agrícolas. Há também a questão das eleições norte-americanas.

A saída de Joe Biden da corrida colocou em xeque o favoritismo de Donald Trump. Com Kamala Harris, a disputa promete ser mais acirrada. O republicano traz ao mercado as lembranças do seu governo anterior, marcado pela guerra comercial com a China, país que é o principal comprador de soja do mundo.

O câmbio segue com firmeza do dólar frente ao real, contribuindo muito para a melhoras nas condições do mercado interno de soja. A moeda norte-americana era cotada a R$ 5,6574 no fechamento de sexta.

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