Produtores baianos discutem gestão de risco para lidar com mercado

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Mais de 1.500 visitantes participaram de um evento no último sábado (2), entre produtores, empresários, estudantes e demais elos da cadeia produtiva. O principal tema abordado foi a gestão de risco no mercado para a próxima safra 24/25.

O encontro foi realizado no campo experimental da Fundação Bahia, em Luis Eduardo Magalhães, no Oeste do estado.

Na avaliação do presidente da Fundação BA, o produtor Ademar Marçal, a 25ª edição da Passarela da Soja, Milho e Culturas alternativas, foi essencial para promover a discussão de alternativas entre os produtores, que juntos representam cerca de 1 milhão de hectares produtivos na Bahia.

“Falamos sobre desafios e oportunidades. Afinal, o mercado não vai deixar de trazer uma oportunidade em algum momento. O produtor precisa estar preparado para identificá-la”, afirma Marçal.

Foto: Jefferson Aleffe/Marca Comunicação

Com demonstração do desempenho de sementes em campo (vitrine de cultivares comerciais), estandes de parceiros e palestras, o evento também reuniu inovações e conhecimento técnico.

“Falamos sobre um problema que afeta muitas lavouras e o nosso objetivo foi criar uma estratégia de ação para enfrentá-lo, um sistema de manejo eficiente”, conta o prof. Dr. Jamil Constantin, pesquisador da Conpea, que apresentou um painel especial sobre o manejo de capim-pé-de-galinha.

Mercado dos grãos

Em um cenário onde o mercado desempenha papel decisivo na venda das commodities, especialmente os grãos, a discussão sobre as alternativas para comercialização e gestão de risco foram temas da palestra do consultor e especialista Pedro Dejneka, sócio-diretor da MD Commodities.

“O mercado domina tudo. Ele é soberano. Nosso papel é fazer a gestão de risco”, afirma Dejneka.

Durante uma hora e meia de painel, seguido de debate entre produtores e representantes, o consultor destacou aspectos geopolíticos, econômicos e sociais que devem influenciar os preços dos produtos agrícolas nos próximos meses.

Pedro Dejneka – Palestrante | Foto: Jefferson Aleffe/Marca Comunicação

Além disso, ele acredita que os preços dos grãos devem melhorar a médio prazo. Aspectos como a estimativa da produção de soja no Brasil para a safra 23/24, que é de 145 milhões de toneladas e previsão de estoque recorde de 116 milhões de toneladas da soja foram demonstrados como pontos importantes a serem considerados pelo produtor.

As importações chinesas também devem crescer um pouco nesta safra, com 102 milhões de toneladas.

No ano passado, foram importados pela China 100 milhões de toneladas. De acordo com Dejneka, o produtor terá que tomar a decisão de venda no momento correto da alta de preços.

“As pessoas ainda precisam aprender muito na hora da gestão de risco. O produtor deve saber identificar a oportunidade quando estiverem na frente dela.”

Pedro Dejneka, palestrante no evento.

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