No mundo atual, a percepção das dificuldades não pode mais se dissociar do remanejamento dos quadros funcionais.
Pensando mais a longo prazo, a percepção das dificuldades possibilita uma melhor visão global dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

pensamento do dia

Assim mesmo, a complexidade dos estudos efetuados ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

Proposta de Sandbox de planos não passou por área técnica da ANS

Spread the love

A discussão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre a instalação de um sandbox regulatório para planos de menor cobertura será feita a partir de um documento que não foi avaliado pela área técnica.

O processo que deve nortear o debate da Diretoria Colegiada, marcado para a próxima segunda (10/2), foi preparado por um assessor e assinado pelo diretor da área responsável, Alexandre Fioranelli.

Assinantes JOTA PRO Saúde receberam esta notícia em 6/2. Com notícias da Anvisa e da ANS, nossa plataforma entrega previsibilidade e transparência para empresas do setor. Conheça!

Questionada, a ANS afirmou não haver irregularidades neste procedimento. Por meio de uma nota enviada ao JOTA, a agência observou não haver, na estrutura regimental, uma regra que traga o número mínimo de servidores para assinatura de documentos, como notas técnicas.

A agência ponderou ainda que o sandbox regulatório é um tema novo e, diante deste quadro, não existem áreas técnicas que dominem o tema ou na estrutura regimental a competência para a inovação que está sendo proposta. “Vale destacar que a referida nota técnica foi assinada por um especialista em regulação, concursado e, portanto, técnico da Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos”, informou a ANS.

Embora não seja o costume, esta não é a primeira vez que um processo é levado a debate sem a participação da área técnica. Em setembro de 2024, a norma que alterou as regras dos ativos garantidores, recursos que empresas devem apresentar como lastro para honrar seus compromissos, foi levada para deliberação também sem a participação de servidores.

A proposta ampliou de 20% para 50% a possibilidade de que essa garantia seja feita por meio de imóveis hospitalares, o que, para defensores da mudança, poderia trazer maior sustentabilidade para o setor. A medida, contudo, não foi bem recebida pelas prestadoras de serviços.

A proposta de criação de um plano de menor cobertura, chamado de “planos de consultas médicas estritamente eletivas e exames”, é há tempos esperada por operadoras e administradoras.

O argumento é que planos mais acessíveis, que não tenham internação ou a oferta de medicamentos, podem atender ao anseio de clientes que hoje, sem planos, recorrem aos cartões de desconto. Uma oportunidade, portanto, de ampliar o mercado, cuja dimensão hoje é incerta.

Críticos deste modelo, contudo, observam que um plano com essas características é pouco resolutivo. Procedimentos simples seriam pagos por planos e tratamentos dispendiosos teriam de ser remetidos ao Sistema Único de Saúde. Afirmam ainda haver o risco de que, com a chegada deste novo produto, desapareça do mercado planos de maior cobertura – mais caros mas ao mesmo tempo com menor previsibilidade para donos das empresas em relação aos gastos.

Caso os diretores aprovem o texto, a proposta será enviada para consulta pública.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *