Hoje, quem vem de Campinas à São Paulo ou Jundiaí depende de ônibus intermunicipais e fretados ou carros para percorrer o trajeto.

Para quem opta pelo transporte público, o tempo gasto em viagem não é tão diferente. De São Paulo até Jundiaí, pela linha 7-Rubi, a viagem dura cerca de uma hora. Em seguida, da estação da CPTM à rodoviária local são necessárias mais duas conduções.

No total, viajar de ônibus da “Terra da Uva” até Campinas toma cerca de uma hora e 50 minutos.

Já quem opta fazer o percurso direto pela estrada, fora do horário de pico, a viagem dura em média uma hora e 20 minutos. Mas no rush, o tempo no trânsito pode se estender em até 3 horas.

O Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte planeja facilitar o trajeto entre as três cidades. Com uma velocidade média de 95 km/h, podendo chegar a 140 km/h em alguns trechos, o TIC deve percorrer os mais de 90 km de percurso em 64 minutos, sendo o trem mais rápido do país.

O TIC deve iniciar as operações em 2031, sendo operado pelo Consórcio C2 Mobilidade Sobre Trilhos, que uniu o Grupo Comporte à chinesa CRRC.

O Grupo Comporte é administrado pela família de Nenê Constantino, um dos principais nomes no ramo de transporte do Brasil. O grupo fundou a Gol Linhas Aéreas.

A China Railway Construction Corporation (CRCC) é conhecida mundialmente pela sua atuação em fabricação e operação de materiais rodantes.

O grupo venceu leilão para tirar o TC do papel na B3 na quinta-feira (29), se tornando responsáveis também pela implantação do Trem Intermetropolitano (TIM) e pelas melhorias na Linha 7-Rubi.

O TIM deve ser concluído dois anos antes, percorrendo os 44 km entre Jundiaí e Campinas em 33 minutos. O trem terá paradas em Louveira, Vinhedo e Valinhos.

Enquanto o expresso de Campinas à SP terá capacidade para 860 passageiros, os trens que vão compor o trajeto do TIM comportam 2.048 passageiros cada.

*Sob supervisão de Ligia Tuon