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A magistratura é frequentemente vista como um pilar inabalável do sistema de justiça, mas a realidade vivida pelos juízes revela um cotidiano repleto de desafios, responsabilidades e riscos que raramente chegam ao conhecimento público.
O exercício da magistratura vai muito além das audiências e decisões. Envolve comprometimento com a verdade, exposição constante a críticas e ameaças, além de situações que testam os limites físicos, emocionais e éticos dos magistrados.
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Poucos compreendem o grau de responsabilidade que recai sobre os ombros de um juiz. Cada decisão pode impactar profundamente vidas, famílias e comunidades inteiras. Isso gera pressões que não se limitam ao âmbito jurídico. Em muitos casos, juízes enfrentam ameaças diretas à sua integridade física, especialmente em zonas de conflito agrário, criminalidade organizada ou regiões onde a presença do Estado é frágil.
Além disso, a rotina de muitos magistrados envolve viagens constantes por estradas perigosas, com infraestrutura precária. Há quem precise percorrer centenas de quilômetros semanalmente para garantir que a justiça alcance os cidadãos mais distantes. Esse cenário é agravado pela insuficiência de recursos humanos e materiais, que tornam o trabalho mais desgastante e solitário.
Em meio a essa realidade, tramitam no Congresso Nacional propostas que visam restringir ainda mais a remuneração de magistrados, sob o pretexto de combater “supersalários”. Esse discurso, contudo, carece de uma análise honesta.
O chamado “extrateto” frequentemente inclui verbas indenizatórias e direitos conquistados legitimamente, que servem para compensar despesas de exercício da função, como deslocamentos, auxílio-moradia em regiões afastadas ou indenizações por acumulação de funções.
Taxar essas verbas como abusivas é ignorar a complexidade da atuação dos magistrados. A magistratura brasileira já é uma das mais sobrecarregadas do mundo, com juízes lidando com milhares de processos por ano. Um corte indiscriminado na remuneração desconsidera o impacto psicológico e prático dessa carga e desestimula os melhores profissionais de ingressarem ou permanecerem na carreira.
Nesse contexto, as associações de magistrados desempenham um papel indispensável. Elas não apenas representam os interesses da categoria, mas são as guardiãs da independência do Judiciário e da dignidade da função jurisdicional. Em tempos de ataques midiáticos e legislativos, é fundamental que as associações atuem com firmeza, esclarecendo a sociedade sobre a realidade da magistratura e enfrentando propostas que ameacem a estrutura da justiça.
A vigilância deve ser constante. A defesa da magistratura não é uma luta corporativa, mas uma garantia para toda a sociedade de que o sistema judicial continuará sendo robusto, independente e capacitado para servir à população.
A magistratura é um ofício que exige sacrifícios pessoais e familiares, entrega absoluta à causa da justiça e resiliência diante de adversidades. É preciso que o discurso público sobre a carreira vá além de simplificações que deslegitimam sua relevância. Ao valorizar e respeitar os magistrados, estamos, na verdade, preservando a essência do Estado de Direito.
As associações seguem sendo escudo e a espada da magistratura, protegendo seus integrantes e combatendo narrativas que enfraqueçam o Judiciário. Afinal, um sistema de justiça enfraquecido prejudica a sociedade como um todo.