Restaura Cocó: Governo vai desenvolver ações para restauração do parque que deve durar um ano e custar R$ 500 mil

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Vital para a cidade de Fortaleza, o Parque Estadual do Cocó agora conta com um plano para recuperação das áreas atingidas pelo incêndio de janeiro deste ano, bem como estudos e estratégias para prevenir futuros episódios. As ações foram detalhadas pelo Governo do Ceará na manhã deste sábado (13), no encerramento da Festa Anual das Árvores 2024. Estavam presentes o governador Elmano de Freitas; a secretária do Meio Ambiente e Mudanças do Clima (Sema), Vilma Freire; além de outras autoridades.

De acordo o Governo do Ceará, a execução das ações terá duração de um ano, a contar do lançamento e a primeira etapa que deve custar R$ 500.658,00​ e conta verba do orçamento da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).

Para o governador Elmano de Freitas, o Parque do Cocó é um patrimônio ambiental de Fortaleza e do Ceará e, portanto, deve ser cuidado por todos. “Quando cheguei em Fortaleza, na década de 1980, começou a criação do Parque do Cocó. Contudo, só depois [em 2017] foi garantida a legalidade da área do Cocó. Este patrimônio representa a garantia de termos qualidade do ar para quem aqui vive e visita. A cidade sentiu a fumaça se espalhando em seu território. Herois e heroínas colocaram sua vida em risco para a proteção do Parque e da cidade. Isso nos alertou para a discussão científica para restaurar adequadamente o Parque do Cocó”, ressaltou.

Com área de 1581,29 hectares, o Parque do Cocó é o maior parque natural em área urbana do Norte/Nordeste e o quarto da América Latina. O Parque destaca-se no cenário da capital cearense como o maior fragmento verde, atravessando 15 bairros, com extenso manguezal e dunas milenares no entorno. São mais de 2 km de trilhas interligadas, ideal para quem quer praticar esportes e contemplar a biodiversidade presente.

A titular da Sema falou sobre os impactos do incêndio ocorrido em janeiro, que atingiu uma área do Parque superior a dez hectares, e o enfrentamento que durou cerca de 13 dias de trabalho coletivo. Ela também pontuou as ações de mitigação, destacando a importância do plano.

“Não por acaso, nós tratamos neste ano na Festa Anual das Árvores a prevenção e o combate a incêndios florestais. Nós sofremos nos últimos anos com incêndios, aqui no Parque do Cocó, principalmente. O objetivo é conscientizar e sensibilizar toda a população sobre a preservação que nós devemos ter nos nossos espaços verdes, nas nossas Unidades de Conservação em todo o estado do Ceará, que já são mais de 33 unidades”, pontuou Vilma Freire.

Na oportunidade, foi realizado o plantio de mudas de plantas nativas, incluindo Ipê Amarelo, árvore símbolo de Fortaleza. A Capital completa 298 anos neste dia 13 de abril, data do encerramento da Festa Anual das Árvores 2024.

“Nós queremos ter o Parque do Cocó como foi um dia antes de ter salinas. Isso implica na recuperação de desvios de rios, desvio de corredor de água que existia dentro do Parque. A consciência ambiental que nós devemos ter é de que aqui não teremos retorno de salina, nem teremos empreendimento imobiliário. Nós teremos uma mata restaurada no Parque do Cocó como um presente para a nossa necessidade”, defendeu Elmano de Freitas.

Dentre as medidas propostas, estão:

– Batimetria e modelagem da hidrodinâmica (batimetria é o estudo e análise das superfícies subaquáticas, sejam elas fundos de rios, lagos ou outros corpos d’água);
– Topografia e aerofotogrametria;
– Recuperação hidrológica com abertura de canais;
– Plantio de mangue;
– Acompanhamento da regeneração natural;
– Manejo ecológico da área de brejo
– Implementação de ações de gestão democrática e participativa

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