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Reverter a alta da inflação dos últimos meses e consolidar os índices de preços em patamar mais baixo nos próximos dois anos é visto no governo como crucial para a estratégia política do Palácio do Planalto mirando 2026. A leitura é que a alta de preços na segunda metade do governo Bolsonaro foi um dos elementos decisivos para a derrota do ex-presidente e que qualquer descuido nesse flanco pode custar caro.
Essa visão tem ajudado a equipe econômica a avançar com o pacote de gastos, ainda que mais uma vez o anúncio esteja sendo adiado. Nas negociações sobre as medidas frequentemente tem sido mencionado, como raciocínio político, que gastar mais no fim das contas pode ser um problema se a taxa de câmbio não melhorar ou, pelo contrário, até esticar para níveis acima de R$ 6.
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Não basta chegar em 2026 com crescimento e pleno emprego se os preços estiverem gerando mau humor na população.
Recentemente, a piora na inflação, em especial de alimentos, já tem afetado negativamente a popularidade do governo. De acordo com o agregador de pesquisas do JOTA, nos últimos 12 meses a aprovação de Lula caiu seis pontos, de 53% para 47%, enquanto sua reprovação subiu cinco pontos, de 41% para 46%.
Enquanto isso, nos últimos 12 meses até outubro, além de o IPCA ter chegado a 4,76%, o impacto foi mais severo para os mais pobres. Enquanto famílias de renda alta enfrentaram inflação de 4,44%, portanto abaixo do índice geral, as de renda baixa sofreram com alta de 4,96%, e as de renda muito baixa, 4,99%. A explicação está na composição dos gastos: alimentos, moradia e energia elétrica, itens que mais subiram no período, consomem uma parcela maior do orçamento das famílias mais pobres, principal base social de Lula.
Ainda que a maior parte das pressões inflacionárias venha de quebras de safra, além de seca e queimadas em diversas culturas — elementos não sensíveis a fatores como taxa de juros e nível de gastos—, há também a dinâmica da taxa de câmbio, assim como a da atividade econômica – ainda que nesse último tópico haja controvérsia sobre se há sobreaquecimento ou não da economia.
Para piorar o quadro para o governo, o mercado de carnes está sendo visto com dinamismo bastante ruim, derivado da alta do preço do boi gordo, cujo impacto deve ser mais longo do que o das quebras de safra e impactos climáticos. Vale lembrar que baratear a picanha era um dos slogans de campanha de Lula e o preço salgado tende a custar caro politicamente.
Olhando mais no detalhe o grupo de alimentos básicos, mais consumidos nas camadas que majoritariamente votam em Lula, a situação recente assusta. Dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que itens essenciais da mesa do brasileiro tiveram altas muito acima do índice geral de inflação acumulada no período, como batata (36,4%), café (29,3%), leite (21,8%), arroz (20,3%), feijão (12,2%) e carnes (8,3%). São justamente os produtos que mais pesam no orçamento das famílias mais pobres.
A deterioração também aparece na pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgada nesta terça-feira (12/11). Para 35% dos entrevistados, a situação econômica piorou em 2024 em relação a 2023, enquanto apenas 28% sentiram alguma melhora.
O levantamento revela ainda um desgaste na comparação com o governo anterior. Em janeiro deste ano, 48% consideravam o governo Lula melhor que o de Bolsonaro, enquanto 29% tinham opinião contrária. Agora, a diferença entre esses dois grupos diminuiu significativamente: 41% preferem Lula e 36%, Bolsonaro.
Outro dado para Lula e seu campo político se preocuparem: pesquisa nacional realizado pelo Instituto França, obtida com exclusividade nesta quarta-feira (13/11), mostra que 58% dos brasileiros avaliam que o presidente deveria indicar outro candidato para sucedê-lo em 2026, em vez de se candidatar para mais um mandato. Apenas 21% dos entrevistados apoiam o presidente para um novo mandato.
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Seja como for, o mandato de Lula agora está na metade e ainda há muito a acontecer. O plano é tentar resolver a equação fiscal, descomprimindo o câmbio, evitando que os juros do BC subam demais, consolidar um acerto político na Câmara e no Senado para que se navegue um mar menos turbulento no Congresso e se trabalhe melhor a comunicação para chegar em março de 2026 com o polo lulista em uma posição competitiva.
Se a economia estiver em ordem e chegar em 2026 cumprindo a promessa de isenção de Imposto de Renda até R$ 5 mil, as condições para uma vitória no pleito de 2026 estariam postas. Embora hoje Lula seja visto como único candidato viável, no próprio governo já há avaliações que se o governo estiver bem, um outro candidato no campo do PT e da esquerda, ungido por Lula, também teria chances de vitória.