RN atinge 10,1 GW em potência instalada de energia eólica e detém 30% da capacidade do País

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Em apenas 10 anos, o Rio Grande do Norte cresceu mais de 700% na potência instalada de energia eólica. Em 2024, neste mês de agosto, o Estado alcançou 10,1GW (gigawatts), marca que consolida o RN como a 2ª maior potência eólica do País e responsável por aproximadamente 30% de toda capacidade de energia eólica do Brasil. Os números foram comemorados em um evento realizado pelo Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne) e a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) durante a última semana.

De acordo com dados dos Indicadores de Inteligência Estratégica em Energias e Recursos Naturais, disponibilizado pelo Cerne, até o ano de 2014 o Rio Grande do Norte contava com apenas 1,16GW de potência, distribuídos em 40 empreendimentos. No ano de 2024, já são mais de 10,1GW entre 304 parques eólicos em

Para Darlan Santos, presidente do Cerne, o Estado recebeu um crescimento expressivo atrelado ao 1º Leilão de Energia de Reserva, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), ainda em 2009. “É considerado um marco, pois nesse momento, se verificou o forte interesse na região, dada as condições climáticas adequadas para geração eólica”, afirma.

Com esses números, o Rio Grande do Norte possui capacidade eólica para abastecer aproximadamente 5 milhões de residências ou 20 milhões de pessoas. Esse alcance ainda deve crescer. Segundo o Cerne, existem 16 parques eólicos em construção e mais 64 com construção não iniciada.

Na avaliação de Elbia Gannoum, presidente executiva da ABBEólica, para além dos benefícios do mercado, o crescimento de geração de energia eólica também vem favorecendo o desenvolvimento econômico, com muita geração de emprego e renda. “Nossos estudos mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) cresce mais de 20% nessas regiões que receberam parques eólicos e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) cresceu também 21%”, afirma.

A ABBEólica trabalha com o acréscimo de capacidade em 3,1 GW, com as projeções de entrada em operação até 2030, no Rio Grande do Norte, de 77 novos parques eólicos e 654 aerogeradores.

Entre os homenageados no evento, estiveram Fátima Bezerra, governadora do Rio Grande do Norte, Elbia Gannoum, presidente executiva da ABBEólica; o empresário Flávio Azevedo, senador da República em exercício e ex-presidente da Federação das Indústrias do RN (Fiern); e o empresário Sérgio Azevedo. Os dois últimos como pioneiros no setor eólico. A celebração também contou com participação de empresas pioneiras nesse desenvolvimento, como a Dois A Engenharia e o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER).

Segundo Sérgio Azevedo, CEO da Dois A Engenharia, entre os mais de 32GW de potência eólica instalada no Brasil, cerca de 10GW destes foram viabilizados pela empresa. “No Rio Grande do Norte temos uma qualidade de vento muito boa, legislação favorável. Temos tudo para seguir despontando como um dos maiores geradores de energia do Brasil”, avalia.

Para que esses números sigam destacando o mercado potiguar no país, Sérgio Azevedo, também presidente da Comissão Temática de Energias Renováveis da Fiern (COERE), e do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do RN (Sinducon-RN), considera a importância de desenvolver um planejamento que favoreça o escoamento da capacidade energética e um plano de para aumento da demanda de energia.

“Além de produzir, a gente vai consumir essa energia e isso é extremamente positivo, porque o consumo de energia também vai gerar uma grande arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)”, pontua. De acordo com o mapa disponibilizado pela Cerne, os parques eólicos no Rio Grande do Norte estão concentrados nas regiões do Oeste, Central e Agreste potiguar.

NÚMEROS

Ranking da potência eólica no Brasil

Bahia – 10,5 GW

Rio G. do Norte – 10,1 GW

Piauí – 4,4 GW

Ceará – 2,5 GW

Rio G. do Sul – 2,0 GW

Pernambuco – 1,2 GW

Paraíba -1,1 GW

Maranhão – 426 MW

Santa Catarina – 242 MW

Sergipe – 34 MW

Rio de Janeiro – 28 MW

Paraná – 2 MW

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