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A criação de empregos formais no Rio Grande do Norte caiu em outubro deste ano, em relação ao mês de setembro. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, naquele mês, 2.847 vagas com carteira assinada foram abertas no Estado, resultado de 21.330 admissões e 18.483 desligamentos. No mês de setembro, o RN tinha gerado 5.096 postos formais. Em relação aos meses de outubro, o volume é o terceiro menor desde 2020, superando o saldo de 2022, que foi de 1.851 postos e de 2023, de 2.192. Os melhores resultado na série foram de 4.280 postos em 2020 e de 3.471 em 2021.
No País, 132.714 postos formais foram abertos. Em relação aos meses de outubro, o volume é o menor desde 2020, quando se iniciou a metodologia atual do Caged. A geração de empregos caiu 30,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em outubro de 2023, tinham sido criados 190.366 postos de trabalho, nos dados com ajuste, que consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores.
No caso do RN, o levantamento mostra ainda que, no acumulado deste ano, até o final de outubro, o saldo ficou em 34.493, sendo registradas 208.832 admissões e 174.339 demissões. O estoque no Estado é de 536.414 empregos. No Brasil, nos dez primeiros meses do ano, foram abertas 2.117.473 vagas. Esse resultado é 18,6% mais alto que no mesmo período do ano passado. A comparação considera os dados com ajustes.
O resultado acumulado é o maior desde 2022, quando tinham sido criados 2.341.665 postos de trabalho de janeiro a outubro. A mudança da metodologia do Caged não torna possível a comparação com anos anteriores a 2020. Em entrevista coletiva, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que os juros altos contribuíram para a desaceleração na abertura de vagas.
No País, três dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em outubro. O setor de serviços liderou a abertura com 71.217 postos, seguido pelo comércio, com 44.297 postos a mais. Em terceiro lugar, vem pela indústria (de transformação, de extração e de outros tipos), com a criação de 23.729 postos de trabalho.
O nível de emprego diminuiu na construção civil, com o fechamento de 767 postos. Com a pressão pelo fim da safra de vários produtos, a agropecuária eliminou 5.757 vagas no mês passado.
Na indústria, o destaque positivo ficou com a indústria de transformação, que contratou 23.800 trabalhadores a mais do que demitiu. Em segundo lugar, ficou o segmento de eletricidade e gás, que abriu 124 vagas. As estatísticas do Caged apresentadas a partir 2020 não detalham as contratações e demissões por segmentos do comércio. A série histórica anterior separava os dados do comércio atacadista e varejista.
Na divisão por unidades da Federação, 24 das 27 registraram saldo positivo, segundo o levantamento do Caged. Os destaques na criação de empregos foram São Paulo (+47.255 postos); Rio Grande do Sul (+14.115), em recuperação após as fortes enchentes que atingiram o estado; e Rio de Janeiro (+10.731). Os três estados que fecharam vagas foram Bahia (-579 postos), Mato Grosso (-172) e Goiás (-45).