No mundo atual, a percepção das dificuldades não pode mais se dissociar do remanejamento dos quadros funcionais.
Pensando mais a longo prazo, a percepção das dificuldades possibilita uma melhor visão global dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

pensamento do dia

Assim mesmo, a complexidade dos estudos efetuados ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

Samuel Garson, VP da ANFIDC, Analisa Cenário de 2025 para os FIDCs

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Confira o artigo do Samuel Garson, sócio-fundador e presidente do Grupo Garson Crédito

No meio desse mar turbulento, no mundo financeiro, como gestor ou investidor em um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), é crucial adotar uma estratégia cautelosa para enfrentar um cenário econômico desafiador. Vamos considerar alguns pontos importantes:

Cenário econômico possível para 2025  

Taxas de juros elevadas: A manutenção da Selic em patamares altos pode pressionar empresas altamente endividadas, sobretudo aquelas com dívidas indexadas a taxas flutuantes.

Câmbio volátil ou alto: Empresas com exposição a moedas estrangeiras podem enfrentar dificuldades, especialmente se não tiverem hedge adequado.

Aumento de recuperações judiciais: Setores com margens apertadas ou dependentes de crédito podem ser mais impactados.

Inflação e demanda instável: Empresas com baixa capacidade de repassar custos ao consumidor podem sofrer retração nas margens.

Estratégias de Proteção para um FIDC

Seleção Cuidadosa de Ativos: Foque em empresas sólidas, com boa capacidade de geração de caixa e histórico positivo.

Evite setores altamente cíclicos ou vulneráveis ao ambiente macroeconômico adverso (ex.: varejo não essencial, construção civil). Priorize setores resilientes, como alimentos, saúde e tecnologia de base.

Due Diligence Rigorosa: Reforce os critérios de análise de crédito e amplie o monitoramento de indicadores financeiros, como índice de liquidez, endividamento e EBITDA.

Avalie o risco de crédito em cenários de stress test, incluindo impacto de alta dos juros e desvalorização cambial.

Diversificação: Mantenha uma carteira diversificada em termos de setor, geografia e perfil de risco para diluir possíveis perdas.

Gestão Ativa e Monitoramento: Monitore de perto os sacados e os cedentes, buscando sinais precoces de deterioração financeira.

Crie métricas de alerta para tomar decisões rápidas, como a reestruturação de recebíveis.

Renegociação e Flexibilidade: Considere oferecer renegociações estruturadas para empresas viáveis, evitando que entrem em recuperação judicial.

Utilize prazos e taxas de juros ajustados ao novo cenário econômico.

Garantias e Cobrança: Prefira recebíveis com garantias sólidas (como duplicatas com seguros de crédito ou garantias reais).

Reforce processos de cobrança para reduzir inadimplência.

Hedge Contra Câmbio e Juros: Se o fundo possui exposição a ativos em moeda estrangeira, avalie estratégias de hedge cambial.

Para ativos com remuneração pós-fixada, considere contratos de hedge de taxa de juros para proteger a rentabilidade.

Buscar margens nos repasses de alta da Selic, garantindo o spread , mesmo que isso resulte em perda de clientes, mais garantindo o negocio saudavel.

2025 pode ser um ano desafiador, mas também cheio de oportunidades para investidores e gestores atentos. A chave será combinar análise rigorosa de crédito com estratégias de diversificação e mitigação de risco, enquanto mantém flexibilidade para ajustar as operações conforme o ambiente econômico evolua.

Bons negócios e um ótimo 2025!

Samuel Garson é diretor presidente da Garson fomento/FIDC, fundador e CEO da Garson Crédito e vice-presidente da ANFIDC.

Fonte: https://www.sinfacsp.com.br/noticia/samuel-garson-vp-da-anfidc-analisa-cenario-de-2025-para-os-fidcs

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