Tesouro e CGU aceitam proposta de reajuste do governo

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Em assembleia realizada nesta terça-feira (19/11), os servidores do Tesouro Nacional e da Controladoria Geral da União aprovaram, com 1.998 votos favoráveis e 939 contrários, a proposta salarial do governo, o que põe fim à greve iniciada em agosto.

Após três assembleias que rejeitaram a oferta, finalmente, os servidores de Finanças e Controle aceitaram o reajuste de 23%, entre 2025 e 2026, para os auditores, e de 24%, em dois anos, para os técnicos.

Apesar da forte mobilização nas últimas semanas, o governo não cedeu ao pleito para retirar da proposta a ampliação da tabela de progressão para 20 níveis, contra os atuais 13 níveis, e não cedeu ao pleito de exigência de nível superior para novos servidores do cargo de técnico federal de finanças e controle, tema que será tratado em um grupo de trabalho.

Ainda assim, de acordo com a proposta aprovada, todos os atuais servidores terão reenquadramento em duas ou três classes acima. A ampliação da tabela de progressão também ocorreu com a maioria das demais carreiras federais. As progressões ocorrerão a cada 12 meses.

“Demos um passo à frente. Agora, temos o compromisso do governo de criar um bloco específico para a carreira na Lei 11.890, além da instalação de um Grupo de Trabalho para reestruturar a carreira, definindo prerrogativas e atribuições exclusivas. Ainda há muito trabalho pela frente, e a luta não acabou. Precisamos estar unidos para construir essa nova etapa”, afirmou o presidente do Unacon Sindical, Rudinei Marques.

Mesmo com a aceitação da proposta, a Unacon Sindical, que representa da carreira de finanças e controle, decidiu manter a mobilização da carreira que, ao longo do processo, exigia equiparação com a Receita Federal.

A Receita, aliás, realiza assembleia nesta quinta-feira e pode anunciar greve por tempo indeterminado, uma vez que ficou sem reajuste do vencimento básico na atual rodada de negociações, após conquistar, após greve de 81 dias no começo do ano, aumentos significativos do bônus de eficiência, que pode chegar a R$ 11 mil, em 2026.

Com o aceite do Tesouro e da CGU, o governo praticamente finaliza o processo de negociação com mais de 45 carreiras do funcionalismo federal. E, nos próximos dias, deve encaminhar o conjunto de acordos ao Congresso Nacional.

Há uma pressão cada vez maior do funcionalismo, em função da aproximação do final do ano, para que esses acordos sejam formalizados por meio de uma Medida Provisória e não por projeto de lei.

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