Treino de braço: malhar membros superiores traz inúmeros benefícios

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Uma ideia equivocada, mas ainda muito presente nas academias e entre pessoas que fazem musculação é que treino de braços é para homens e os de perna e glúteo para mulheres. Além de ser um tanto preconceituoso, esse devaneio tem impactos nos resultados e na saúde de quem acredita em tais afirmações. 

Seja por dificuldade, preguiça ou até medo de resultados, enquanto os homens têm a tendência de acharem que não precisam malhar perna, muitas mulheres costumam pular o treino de superiores. Entretanto, treinar braços e costas têm diversos benefícios para a saúde e o condicionamento físico.

“Trabalhar grandes musculaturas, como peitoral e costas, fará com que você desenvolva essas musculaturas, melhorando o fluxo sanguíneo e o condicionamento físico como um todo”, afirma o personal trainer Caio Gomes. Além disso, para quem deseja uma evolução positiva nos treinos de inferiores, o fortalecimento da parte superior do corpo é essencial. 

De acordo com Caio, exercícios de perna e glúteo exigem força nas musculaturas dos braços e das costas, que são usadas de forma secundária no treino de membros inferiores. Sem força nessas regiões, o desenvolvimento geral do indivíduo é prejudicado. Por isso, se o desejo é crescer perna e glúteo, pular o arm day não é uma opção.

Nas rotinas atuais, muitas compostas por horas paradas em frente a telas e computadores, Caio Gomes alerta para a necessidade do fortalecimento e desenvolvimento das musculaturas superiores para uma postura adequada e para evitar dores geradas pela falta de movimento dessas regiões.

Segundo a personal trainer e professora de educação física Vera Guimarães, o fortalecimento dos membros superiores é essencial para evitar lesões nos ombros, na coluna e na lombar. “Músculos fracos geram desequilíbrios posturais que, com o tempo, podem causar desconforto e dores”, explica a profissional. 

Vera afirma que o arm day é uma prevenção para desconfortos e comprometimento da qualidade de vida do indivíduo. A lombar, por exemplo, é uma região que é muito usada na musculação, e manter uma atenção especial nessa região é fundamental para evitar dores e lesões mais graves.

“O trabalho de fortalecimento deve ser global, com uma atenção especial à região do core, formada por lombar, quadril e abdômen, que é responsável pela sustentação do tronco e manutenção de uma boa postura”, diz Vera. “Um corpo treinado apenas da cintura para baixo pode gerar problemas de alinhamento e postura.”

Esteticamente, o desenvolvimento da parte superior do corpo garante uma harmonização de membros inferiores com membros superiores. “Desenvolvendo bem as musculaturas dos braços e das pernas, o corpo fica mais atlético, e isso faz com que a cintura fique fina e os braços e pernas mais volumosos”, garante o personal trainer Caio Gomes. 

Questão hormonal

Entretanto, um medo comum entre mulheres é ficar extremamente musculosa e desenvolver os braços e costas como os homens. Porém, essa não deve ser uma preocupação real entre o público feminino. “Mulheres não possuem o aporte hormonal para construir muita massa muscular, ao menos não na quantidade que muitas delas imaginam e, definitivamente, não como um homem”, Vera Guimarães. 

A testosterona, hormônio responsável pela síntese de proteínas musculares e hipertrofia muscular, é produzida cerca de 10 vezes mais nos homens do que nas mulheres. “Essa diferença hormonal coloca as mulheres em desvantagem quando se trata de construção muscular”, explica a personal. Por isso, a não ser que seja o objetivo, uma mulher não irá ficar igual a um homem.

A servidora pública Adriana Biondi Vieira, 40 anos, era uma dessas mulheres que pulava o dia de superiores na academia. “Só treinava inferiores porque achava que tinha mais resultado, e realmente os resultados eram mais aparentes. Achava que treinar perna era mais importante para mulher e que braço era para homens”, conta. 

Adriana sentia dificuldade em executar os exercícios de membros superiores, causando uma desmotivação que a levava a negligenciar esse treino. Depois de ser aprovada no concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF), ela começou a sentir as consequências de não trabalhar essas musculaturas. Ter força e condicionamento físico passou a ser uma obrigação.

“Negligenciar o treino de braço é comum entre nós mulheres, pois, não somos fortes por natureza, é difícil de fazer, e realmente é desafiador”, afirma. “Quando nos deparamos com situações que nos exigem essa força, percebemos o quanto é importante esse treino.” Hoje, apesar das dificuldades, Adriana treina superiores com frequência e se sente cada vez mais forte e satisfeita.

Sentir-se forte não é crime. “Não tenha medo de treinar membros superiores. Apenas controle a carga e a intensidade, e sempre busque auxílio do seu treinador para que ele ajude a chegar no resultado desejado”, finaliza Vera Guimarães. 

(*)com informação do Jornal CB

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