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Vice-prefeito é expulso do PRD e pode ser impedido de assumir mandato de deputado

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ATENÇÃO: A coluna está sendo publicada em formato reduzido. A publicação normal voltará no dia 14 de janeiro.

Cardoso Júnior poderá não assumir vaga na Alesc – Imagem: Rede Social

O Diretório Nacional do PRD confirmou a expulsão do vice-prefeito de Camboriú, Silvio Cardoso Júnior, por infidelidade partidária. A decisão, homologada após reunião da Comissão de Ética, coloca em xeque a possibilidade de Júnior assumir a vaga de deputado estadual na Assembleia Legislativa. A medida já foi comunicada à Alesc, ao Tribunal Regional Eleitoral  e registrada em cartório eleitoral, mas promete desencadear uma batalha judicial.

A expulsão foi fundamentada em acusações de que Cardoso Júnior teria desrespeitado o estatuto do PRD ao participar da convenção partidária que declarou apoio a Ramon Jacob (PL) na disputa pela prefeitura de Camboriú, mas não seguir a orientação da legenda. Ele também é acusado de fazer campanha ativa para Edson Piriquito (MDB) e outros candidatos a vereador que não pertenciam ao PRD, União Brasil ou PL, contrariando as diretrizes partidárias.

Com a expulsão, Cardoso Júnior, que era o primeiro suplente do PRD, pode ser impedido de assumir a vaga deixada pelo deputado estadual Egídio Ferrari (PL), que renunciará ao mandato para assumir a prefeitura de Blumenau. A decisão abre caminho para que Jonathan Mendes, vereador eleito de Lages e segundo suplente, assuma o posto. Caso isso se concretize, o vereador Luiz Sales, de Joinville, passará a ocupar a posição de primeiro suplente.

No entanto, especialistas apontam que Júnior pode recorrer ao Judiciário para tentar reverter a decisão do partido e garantir o direito de assumir o cargo. A infidelidade partidária é uma das razões que mais frequentemente gera disputas judiciais, especialmente quando envolve mandatos parlamentares e suplências.

Repercussão e providências

De acordo com Fábio Lopes Silva, presidente estadual do PRD, a decisão reflete o compromisso da sigla com o respeito ao estatuto e a fidelidade partidária. “Essa medida reforça nosso compromisso com a ética e com a responsabilidade no uso do mandato e dos alinhamentos políticos do partido”, afirmou.

Procurado, Cardoso Júnior não foi encontrado para comentar a decisão do partido e as acusações de infidelidade partidária. O PRD ressaltou que os atos de desrespeito ao estatuto foram amplamente documentados e evidenciados durante as eleições municipais.

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