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A jornada de oração e jejum, presidida pelo cardeal Farrell, será na próxima terça-feira, 26 de março, às 18h30 da hora italiana, na Basílica de São Bartolomeu na Ilha, em Roma – que São João Paulo II quis como memorial simbólico dos cristãos que, no século XX, morreram em defesa da fé.
Vatican News
No próximo domingo, 24 de março, será celebrado o 32ª Dia de Oração e Jejum em memória dos missionários mártires, promovido por Missio, o órgão pastoral da Conferência Episcopal Italiana. Para a ocasião, na terça-feira, 26 de março, às 18h30 da hora italiana, na Basílica de São Bartolomeu na Ilha Tiberina, em Roma, Santuário dos “Novos Mártires e Testemunhas da Fé” dos séculos XX e XXI, será realizada uma solene “Vigília de Oração em memória daqueles que deram a vida pela causa do Reino de Deus”. O cardeal Kevin Joseph Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, presidirá e comentará o Evangelho que a própria vida e morte dessas mulheres e homens representam para os cristãos e para o mundo.
Serão recordados os nomes e as histórias de religiosas e religiosos, leigos e pastores: os missionários pesquisados pela agência Fides e, além deles, também ortodoxos, anglicanos e evangélicos, naquele ecumenismo de sangue repetidamente recordado pelo Papa Francisco. “Recordar essas testemunhas da fé e rezar neste lugar”, foram suas palavras, por ocasião de sua visita em abril de 2017, “é um grande dom. É um presente para a Comunidade de Sant’Egidio, para a Igreja em Roma, para todas as comunidades cristãs desta cidade e para tantos peregrinos. O legado vivo dos mártires nos dá paz e unidade hoje. Eles nos ensinam que, com a força do amor, com mansidão, é possível lutar contra a arrogância, a violência, a guerra e alcançar a paz com paciência”.
Percorrer os caminhos da fé e da caridade
“A presença de representantes das Igrejas e comunidades cristãs, juntamente com os filhos e filhas da Igreja de Roma, dará razão à esperança que eles carregam, nos diferentes continentes e contextos históricos”, observa Pe. Marco Gnavi, responsável do Escritório para o Ecumenismo, Diálogo Inter-religioso e Novos Cultos da diocese de Roma. Nos últimos meses, o Santuário foi enriquecido pelas memórias da Irmã Maria de Coppi, uma comboniana de 84 anos que foi assassinada no norte de Moçambique, e da Irmã Luisa Dell’Orto, uma irmãzinha do Evangelho de Charles de Foucauld, que foi assassinada no Haiti; bem como pela visita do arcebispo de Canterbury, Justin Welby, que rezou junto às relíquias dos mártires anglicanos mortos em nome da paz nas Ilhas Salomão. “No atual contexto de incerteza planetária, de crescentes conflitos e pobreza”, continuou Gnavi, “esse compromisso de oração oferecido aos fiéis de Roma é uma expressão do desejo desta diocese de percorrer os caminhos da esperança, da fé e da caridade tão luminosamente indicados pelos mártires contemporâneos que, ao mal em todas as suas formas, resistiram com a bondade de sua humanidade enriquecida pelo Evangelho”.
Testemunho para recordar
“O Dia dos Missionários Mártires é celebrado em 24 de março porque nessa data, em 1980, o arcebispo salvadorenho Santo Óscar Arnulfo Romero foi morto enquanto celebrava a Eucaristia”, recorda o Pe. Giulio Albanese, diretor do Escritório para a Cooperação Missionária entre as Igrejas da diocese de Roma. “A memória dos missionários mártires se inspira nesse trágico acontecimento, não só para recordar o sacrifício daqueles que, ao longo dos séculos, imolaram suas vidas proclamando a Boa Nova, mas também para afirmar a consciência de que a missão, como doação, é expressão do amor misericordioso de Deus. martyria é testemunho, e é extremamente importante lembrá-la e comemorá-la, especialmente considerando a grande crise de valores que está ocorrendo atualmente. Esses homens e mulheres de boa vontade foram verdadeiras testemunhas dos valores do Reino, que são a justiça, a paz e o cuidado com a criação, em nome de Deus”.
O tema escolhido “Um coração que arde”
“Um coração que arde” é o tema escolhido para o Dia. “Trata-se”, explica Giovanni Rocca, secretário nacional de Missio Giovani, “uma referência à passagem dos discípulos de Emaús que guiou nosso caminho durante o mês missionário. Ele recorda a força do testemunho dos mártires que, como Jesus, através da partilha da Palavra e do pão partido, com seu sacrifício acendem uma luz e aquecem os corações de comunidades cristãs inteiras, inspirando uma nova conversão, dedicação ao próximo e ao bem comum”.
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