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Assim mesmo, a complexidade dos estudos efetuados ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

Zema planeja reduzir alcance de PEC para destravar privatização da Copasa

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O governo Romeu Zema prepara dois projetos para tentar levar adiante a privatização da Copasa, companhia de saneamento de Minas Gerais. Em um momento de fragilidade política do governo na Assembleia Legislativa, é uma aposta vista com ceticismo por deputados da base e da oposição. Mesmo assim, fontes do governo de Minas dizem que o plano é enviar os projetos ainda este ano.

O primeiro passo seria tentar diminuir o custo político da PEC para retirar da Constituição de MG a exigência de referendo popular para a privatização de empresas prestadoras de serviços. A ideia seria enviar um substitutivo à PEC apresentada em 2023, para que o projeto abarque apenas a área de saneamento, tirando da discussão a Cemig e a Gasmig. Com isso, o governo vê maior chance de adesão dos deputados.

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Um projeto de lei propondo a privatização da Copasa poderia até ser enviado de forma simultânea ao substitutivo, já que a constituição estadual não proíbe a privatização, apenas determina que ele passe depois por voto da população.

O parágrafo 17 do artigo 14 da Constituição estadual exige consulta popular para a desestatização de empresa de propriedade do Estado “prestadora de serviço público de distribuição de gás canalizado, de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica ou de saneamento básico”.

A PEC 24/2023, que foi retirada de pauta da CCJ em fevereiro deste ano, também prevê a revogação do parágrafo 15, que prevê a necessidade de 3/5 de votos da ALMG para leis que prevejam privatização e outras alterações societárias de estatais e sociedades de economia mista.

Questionados pelo JOTA sobre a viabilidade de aprovação dos dois projetos, deputados da base e da oposição se mostraram surpresos e incrédulos.

Zema tem sofrido derrotas por placares largos no plenário nas últimas semanas, com rejeição da direita e da esquerda. O veto ao projeto que alinhava o reajuste dos profissionais da educação ao piso dos professores foi derrubado por unanimidade. E o limite a emendas individuais para municípios foi derrubado com 51 votos contrários. João Magalhães (MDB), líder do governo, deu voto solitário para manter o veto.

Enfraquecido pelo resultado da eleição em Belo Horizonte, onde os candidatos apoiados por ele perderam no primeiro e no segundo turno, Zema também enfrenta desgastes por apoios no interior contra nomes da base.

Com papel diminuído na renegociação da dívida de Minas, onde Rodrigo Pacheco tem protagonismo, e derrotado no acordo de Mariana, o governador pode enxergar na privatização uma pauta positiva que ajude a selar a aproximação com a direita bolsonarista que ensaia desde o segundo turno. Mas teria de lidar com a resistência de outros partidos da base e envolver um novo compartilhamento de poder para vencer resistências. Nas condições atuais, as chances de aprovação dos projetos são muito baixas, como reconhecem mesmo os aliados.

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